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Arranque da campanha das “presidenciais”

Talvez eu devesse até, estar a escrever sobre outros assuntos capitais). Por ex., sobre a crescente descristianização do Natal (a Lapónia substitui Belém, estrelinha substitui a Cruz, as neves e florestas boreais substituem as figueiras e oliveiras da Palestina, as renas substituem o burrinho, o jovial e corado “santa”, um greco-turco de nome Nicolau, inventado pela tal famosa marca de refrigerantes, substitui o Menino Jesus, as reuniões familiares, quando as há, são substituídas pelo frenesim comercial, etc., etc.). Ou a falar sobre os 45 anos do atentado de Camarate. Ou sobre os rios de dinheiro (e destruições) que nos vai custar o descabido e provocatório TGV Lisboa-Gaia. Ou sobre os sábios vaticínios de Trump (5-12-2025) acerca da queda a pique da “Europa”, devido à imigração maciça de povos hostis ou islâmicos e à estúpida posição de Bruxelas (nunca referendada) na guerra entre Moscovo e Kieve; uma “Europa” que, sem qualquer ganho visível (bem pelo contrário) antagoniza ao mesmo tempo (!) os magnos potentados da Rússia, da China, dos EUA trumpistas e agora, da própria União Indiana… Ou então devesse falar aqui que não são só os processos contra Sócrates que vão prescrevendo. Há também aquele processo interessantíssimo sobre o assassinato da idosa secretária do antigo comendador Feteira; ocorrido no Rio de Janeiro (Saquarema, Dez. 2009) e tão bem investigado no livro “Rio derradeiro”, de CARLOS DIOGO SANTOS e AURÍLIO NASCIMENTO (no qual quem tem sido suspeito é o ex-deputado Duarte Lima).

Mas “noblesse oblige”, falemos de eleições presidenciais). Marcelo está de saída. No campo político de Marcelo, o centro-direita, que é uma das componentes mais fortes daquilo a que se passou, com alguma razão a chamar “o Centrão”, cedo avançaram (como o fez, com sucesso, o inesperado Jorge Sampaio em 1995…), o almirante Gouveia e Melo; e o ex-líder do PSD (em 2005-7) Marques Mendes; e depois, com mais calma, todos os outros, incluindo o cauteloso mas bem decidido António José Seguro.

O algo inesperado dr. Luís Marques Mendes). Quando foi líder do PSD, o pouco que escrevi aqui no DM, à época, nunca foi em seu desfavor. Cristão, muito inteligente, diplomático, elegante (refinado, mesmo), amigo que foi de uma pessoa que foi meu verdadeiro e respeitoso amigo (o cónego João Aguiar Campos), nada me move contra ele. Uma divergência antiga, por confirmar, foi a adesão do dr. Mendes aos “parques eólicos” (e a não oposição às 2 bio-destrutivas barragens em rios secos mas paisagísticos, o Sabor e depois, o Tua). Uma outra divergência, moderna, é o descabido antagonismo do dr. Mendes para com uma Democracia que em tempos até se quis juntar a nós, nos anos 90; um vasto país europeu que se estende da Polónia à Coreia e Japão, uma super-potência nuclear que já deixou de ser comunista há 35 anos… Talvez a mais que evidente corrupção que hoje grassa na 1ª capital da Rússia (Kieve), com 2 ministros a serem demitidos e o braço-direito do homem de Krivoi Rog (Yermak) a ser incriminado, levem o dr. Mendes a inverter as alianças.

O almirante do Covid, da NATO e dos parentescos). Homem com raízes na Beira Alta (e na Madeira e na Itália), sobre “o almirante”, aqui no DM escrevi em 31-12-2024 um artigo crítico: “Muitas reticências, sobre Gouveia e Melo”. A principal razão foram as posições demasiado agressivas e pro-NATO, que o agora candidato tinha exprimido sobre o conflito Kieve-Moscovo. O que nos poderia envolver numa guerra nuclear, dum momento para o outro. Organizar uma vasta campanha de vacinações não implica que se perceba de Política (e sobretudo, de História…). Estudos genealógicos recentes, apregoaram que “o almirante” é parente muito distante, de Cotrim, de Ventura e de Cristiano Ronaldo (da mãe deste, através dos Viveiros). Simples “fake news” ou “o mundo é mesmo pequeno”?

Entre les deux, mon coeur balance”…). Refiro-me a André Ventura e a José Seguro. Do trumpista Ventura, contudo, tenho a censurar a mesma cega e descabida russofobia do amigo Abascal (que pensará que ainda estamos em 1936-38…); e da “sgaratta” Melloni. A Rússia é hoje, claramente uma potência de Direita (lembra o Império Czarista ortodoxo, eliminado em 1917 pelos bolchevistas, cuja liderança era maioritariamente israelita…). Porém, o dr. André é o único que denuncia “de caras”, que estamos a ser, na prática, invadidos por milhões de estranhos hostis e é preciso reverter isso. Quanto ao sempre tranquilo José Seguro, há 3 razões para o respeitar. A 1ª é que ganhou 2 eleições durante a “troika” a Passos Coelho (as europeias e as autárquicas). A 2ª é que, em 2015 foi relesmente “comido” por Antº Costa, ao autorizar que, antes do prazo se realizassem eleições no PS, nas quais votavam quer os militantes, quer quem se dissesse “simpatizante”. A 3ª razão é pessoal: fui amigo do já falecido António Gonçalo Pina Barata (da Zebreira, Idanha) que foi seu “chauffeur”, nos tempos da JS.

Eduardo Tomás Alves

Eduardo Tomás Alves

16 dezembro 2025