Adenda ao capítulo “Gente da Beira Baixa”, do meu último artigo, sobre o suicídio do agricultor Caldeira). Por esquecimento, não me lembrei de incluir a famosa acordeonista Eugénia Lima (n. 1926). E sobretudo o “clã” dos Saraivas, da freg. das Donas, no Fundão. Falo, é claro, de José Hermano Saraiva. Irmão deste foi o historiador António José Saraiva (pai do jornalista, arquitecto e escritor José Ant.º Saraiva, m. em 2025). Primo deles todos é também o notável António Guterres, nada menos que o secretário-geral da ONU…
Falou-se agora de integrar Tony Blair num conselho superior de estrangeiros chamados a governar o que resta de Ghaza). Depois da contribuição aleivosa e decisiva que este escocês, que foi 1.º ministro britânico, teve na injusta e criminosa invasão e ocupação do Iraque (em 2003); a qual causou 400 mil mortos e o enforcamento de Saddam Husseyn, um líder que estava inocente quanto a esconder “armas de destruição maciça” e ao atentado contra o Pentágono e “torres gémeas” (2001); por tudo isto, o veterano trabalhista Blair seria das pessoas menos indicadas, em todo o planeta Terra, para dar ordens a qualquer islâmico ou a qualquer semita (e os palestinianos são basicamente semitas e islâmicos). Pior que isso, só seria se se lembrassem de repescar G. W. Bush (filho), que para mais, é judeu pela parte de sua mãe (Barbara Bush). Ou, num plano inferior, Durão Barroso e seus amigos à época, tais como J. Luís Arnaut ou Aguiar Branco. Ou o 1.º ministro espanhol, Aznar. O francês Sarkozy (que bombardeou a Líbia de seu amigo e financiador Kaddafi, o qual deixou covardemente matar) é que não pode, pois parece que vai agora preso por ameaçar de morte magistrados franceses entre outros delitos. Curiosamente, na minha opinião, Trump até poderia integrar esse conselho de supervisores, uma vez que não é judeu (nem casado com uma judia, como é o caso de Starmer ou de Moedas, p. ex.); e isto, porque em 2003 Trump foi contra a invasão americana do Iraque; apesar de ser um amigo bastante fiel de Israel e de se deixar influenciar demasiado, quer pelo seu habilidoso e rico genro judeu, o jovem Kushner; quer pelo “caridoso mestre de cerimónias”, e cada vez mais louco e monotemático B. Nethaniau, o qual envergonha todos os nacionalistas moderados deste Mundo (como eu próprio…).
Uma “Riviera” em Ghaza?). A vingança de Israel relativa aos actos terroristas que sofreu em Out.º de 2023 (ca. de 1200 vítimas) tem sido absolutamente desproporcionada: já vai em quase 70 mil mortos, quase todos civis, boa parte deles crianças e mulheres. Por cada judeu morto, assassinou 50 palestinianos! Além disso, arrasou quase todo o edificado de Ghaza, incluindo casas e prédios belíssimos, de clássica arquitectura árabe. Espero que as monarquias do Golfo (que vão arrostar com o prejuízo) respeitem o estilo nacional, reservem ou não uma parte para hotéis, junto ao mar.
O “B-liar” e o "A-liar”). Recordo aqui este trocadilho, feito com o apelido Blair, de origem escocesa. É que “liar”, em inglês, quer dizer “mentiroso”. E nas manifestações contra Blair, escreviam nos cartazes que ele era o “B-liar” (o mentiroso B”), já que o “mentiroso A” (“A-liar”) era Bush.
“ A pista trabalhista” e Maddie Macann). No dia 17 de Junho de 2007 (pouco mais de 1 mês sobre o rapto da praia da Luz), publiquei eu aqui no DM um artigo, de página inteira, intitulado “A pista trabalhista”, cuja leitura muito recomendo. No qual defendia que o rapto de Maddie, ao qual os “media” britânicos deram desde o início, um relevo enorme, provavelmente seria apenas um chamariz (devidamente planeado) para que o então já contestadíssimo Blair (eleito em 2005 com apenas 36% do voto) pudesse passar o poder para Gordon Brown, sem se demitir e haver novas eleições. O “caso Maddie” seria um poderoso “fait-divers”, uma bela telenovela que desviou a atenção do povo; e os trabalhistas lá continuaram as mesmas políticas. À época, nem se sabia que os pais de Maddie, ambos médicos, eram amigos de vários governantes trabalhistas. Na minha intuição, eles autorizaram o rapto da filha, a qual, quando a poeira de Brown estivesse assentada, seria devolvida. Só que, os pedófilos que executaram a farsa talvez se tenham mesmo “apaixonado” pela criança e nunca a devolveram. Fizeram foi, negócio com ela…