O SC Braga defronta amanhã o Estrela Vermelha, campeão sérvio, em jogo referente à terceira jornada da Liga Europa. Esta partida vai marcar o regresso de Matheus Magalhães à sua antiga casa, guarda-redes que representou os arsenalistas entre 2014 e 2024, e que, neste momento, protege a baliza dos sérvios. A partida está agendada para as 17h45, no Estádio Municipal de Braga.
Seguem as declarações do treinador do SC Braga, Carlos Vicens, na antevisão do encontro, realizada esta tarde.
1.O Estrela Vermelha está muito bem nos campeonatos da Europa. Que tipo de equipa espera encontrar?
É uma equipa muito boa no seu campeonato, está a ter resultados incríveis. Uma equipa com soluções individuais, jogadores de qualidade e bem organizada, que ataca com critério e que está habituada a competir na Europa. Assim, é uma equipa que nos vai colocar dificuldades, mas nós vamos entrar em campo com a ambição de fazer um grande jogo, de oferecer aos nossos adeptos uma vitória e de continuar a lutar nesta batalha. É uma equipa muito boa no seu campeonato, com resultados fantásticos. Tem jogadores com muita qualidade individual, bem organizada, ataca com critério e está habituada a competir na Europa. Vai ser um adversário difícil, mas vamos entrar com a ambição de fazer um grande jogo, de dar uma alegria aos nossos adeptos e de continuar a lutar pelos nossos objetivos.
2. Quão difícil é preparar um ciclo que começa com, em 11 dias, quatro competições completamente diferentes?
É uma situação particular, porque são quatro competições diferentes, cada uma com as suas particularidades, mas como disse o capitão, nós preparamos jogo a jogo. Antes do jogo com o Bragança, o único foco era esse jogo, e assim que terminou, o foco passou para o próximo — o jogo da Liga Europa de amanhã.
Nestes últimos dias temos trabalhado para continuar a melhorar e para enfrentar o jogo de amanhã com o melhor rendimento possível.
3. Grillitsch, Moscardo, Pau Víctor, Vítor Carvalho e Niakaté continuam de fora? E, com tantas ausências, como foi preparar este ciclo intenso sem essas opções que são importantes para o equilíbrio da equipa?
Sim, é verdade que o departamento médico tem trabalhado muito para otimizar os processos de recuperação. Temos de ter cuidado, porque quando se trata de lesões musculares, as pressas não são recomendáveis.
Temos de ser pacientes, sabendo que faltam jogadores quase todos da mesma zona do campo. Isso obriga-nos a encontrar soluções para encarar o jogo com garantias.
Mesmo com algumas baixas, o onze que apresentaremos entra com total confiança para fazer um bom jogo, no nosso estádio, com o apoio da nossa gente, e com a ambição de vencer.
4. Será importante para a equipa ter já uma dessas frentes (competições) bem encaminhadas?
As vitórias ajudam sempre, porque aumentam a confiança. Os jogadores ficam mais alegres, o ambiente é melhor, e isso reflete-se nos treinos. Cada vez que se ganha, os dias seguintes são sempre mais fáceis. Obviamente gostaríamos de ganhar amanhã, e é com essa ambição que vamos enfrentar o jogo. Uma vitória seria um passo importante rumo ao nosso objetivo de passar à próxima fase. Como disse antes, estivemos focados no jogo da Taça e agora o foco é o jogo da Liga Europa. Depois, mudaremos o chip para a competição seguinte — temos quatro jogos de quatro competições diferentes.
Agora, foco total no Estrela Vermelha.
5. Depois de analisar o jogo com o Bragança, que particularidades tem o jogo de amanhã?
O jogo de amanhã tem um contexto diferente. O jogo com o Bragança era de Taça — um formato em que apenas um dos dois passa, o que lhe dá um carácter especial e onde se vêem sempre surpresas. Por isso, é preciso analisar esse jogo nesse contexto.
Agora, o jogo de amanhã é outro desafio, noutra competição, onde começámos bem e queremos manter essa dinâmica positiva.
O adversário é estrangeiro, de um campeonato que conhecemos menos, e isso torna o desafio ainda mais interessante.
Vamos com grande ambição, confiantes de que podemos fazer um bom jogo e oferecer uma vitória aos nossos adeptos.
6. Jogou contra o Estrela Vermelha na Liga dos Campeões, como adjunto no Manchester City. O que pensa do Estrela Vermelha e quem considera o jogador mais perigoso?
Sim, estive no estádio deles há algum tempo. O Estrela Vermelha é uma equipa com qualidade individual e jogadores que podem ser muito perigosos, capazes de causar problemas a qualquer adversário. O mais importante no Estrela Vermelha é a forma como estão bem organizados e bem treinados.
Mesmo com apenas um ponto na Liga Europa, apresentaram bons desafios contra os adversários. Contra o Porto jogaram muito bem — o jogo podia ter caído para qualquer lado. Contra o Celtic, foi um jogo aberto, com oportunidades para ambos. É uma equipa que está habituada a lutar por títulos e continua viva na competição, com hipóteses reais.
Esperamos um jogo muito exigente, em que teremos de fazer muitas coisas bem — pressionar, defender com consistência, ser compactos, jogar com personalidade, ter qualidade com bola e aproveitar as oportunidades criadas. Com essa mentalidade e essa ambição, é assim que enfrentaremos o desafio de amanhã.