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«Um homem do seu tempo com uma visão universal»

«Um homem do seu tempo  com uma visão universal»
Fotografia DM

Jorge Oliveira

Jornalista

Publicado em 25 de outubro de 2025, às 19:12

Pró-reitor da UCP Braga e professor João Duque destacam as principais facetas do homenageado

A homenagem ao professor José da Silva Lim, hoje,  no campus Camões da UCP Braga iniciou com uma saudação do pró-reitor, Paulo Dias, que sublinhou o papel «fundamental» do homenageado na criação, crescimento e consolidação do Centro Regional de Braga da UCP.

«Foi um homem do seu tempo com uma visão universal e isso está bem presente e patente nos estudos académicos em Teologia, História das Religiões, Antropologia e Sociologia, não apenas no Alto Minho, sua terra, mas a partir do Alto Minho», salientou Paulo Dias.    

Lembrou ainda a sua experiência marcante em algumas das melhores instituições académicas em França, Inglaterra, EUA e outras, seja a nível da formação ou lecionação. 

Seguiu-se a conferência de homenagem , proferida pelo professor catedrático da Faculdade de Teologia João Duque, que centrou a sua palestra na atividade do professor José da Silva Lima na UCP, nomeadamente na constituição do Centro Regional de Braga. 

O docente destacou várias facetas, desde a organização académica, com o desenvolvimento de vários cursos na Faculdade de Ciências Sociais, à construção e gestão das estruturas materiais (edifícios), passando pela ligação a várias instituições como a Arquidiocese de Braga, a Companhia de Jesus e outras.

Neste trabalho de articulação, lembrou particularmente o pepal decisivo do docente na transição das instalações do antigo edifício da PSP para a UCP. 

«O professor José da Costa Lima tem a sua vida profundamente vinculada à UCP. Foi um dos pilares do corpo docente, sobretudo do núcleo de Braga e, na prática, deve-se a ele todo o restauro do campus Camões. Ele é uma pessoa com muita diplomacia, soube gerir tudo com muita competência e sabedoria», sublinhou.  

O professor João Duque destacou ainda a vertente académica do professor e seu colega José da Silva Lima, revelando que foi ele o responsável por se ter dedicado à Teologia.

«É um eminente teólogo no panorama nacional e internacional», referiu, lembrando que foi um dos primeiros em Portugal a «produzir Teologia com produtividade», ligando a outras áreas do saber como a Sociologia ou a Antropologia Cultural.     

 

Professor José da Silva Lima diz que UCP

deve estar «aberta aos sinais do tempo» 

O descerramento de uma placa e fotografia do professor José da Silva Lima, nas instalações da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, eternizou a homenagem ao líder da Comissão Instaladora do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

O professor José da Costa Lima, visivelmente emocionado, agradeceu o gesto da academia, a que se associou a Arquidiocese de Braga, lembrando que não foi apenas ele que há 25 anos levou por diante a tarefa instalar o Centro Regional de Braga da UCP.

«Houve muita gente que trabalhou comigo na construção destes edifícios. Esta homenagem é também para eles», afirmou ao Diário do Minho.

O professor José da Silva Lima referiu que é necessário continuar este legado, numa época em que se colocam muitos desafios às instituições de Ensino Superior, particularmente à UCP.

«Eu acho que a Universidade tem que estar aberta a tudo aquilo que vai acontecendo. É importantíssimo estar aberto aos sinais dos tempos, como nos diz o Papa. Sessenta anos depois do Concílio Vaticano II, é necessário que as instituições deste Centro Regional e de todos os outros Centros saibam olhar os sinais e procurem dar resposta a esse sinais», assinalou.

O homenageado considerou que é um privilégio para esta região ter uma universidade católica, que é capaz de oferecer uma formação integral e humanista aos seus alunos.

«Num tempo em que muitos valores são ameaçados, em que há uma tendência para o individualismo, é importante termos uma formação com soluções adaptadas à realidade que promovam aqueles que são os valores cristãos para o bem da humanidade», defendeu.