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Braga acolhe protesto contra opressões e injustiças sociais

Braga acolhe protesto contra opressões e injustiças sociais
Fotografia DR

Redação/Lusa

Publicado em 25 de outubro de 2025, às 11:01

Esta tarde.

Braga, Lisboa e Porto vão ser hoje palco de uma manifestação contra injustiças sociais e políticas, com o mote “Não nos Atirem Burcas para os Olhos”, denunciando opressões do Estado e do patriarcado.

Convocada pela historiadora Raquel Varela através das redes sociais após a aprovação do projeto de lei do Chega que visa proibir a utilização de burca em espaços públicos, a iniciativa está agendada para as 15:30, com concentrações previstas na Avenida Central (Braga), no Rossio (Lisboa) e na Avenida dos Aliados (Porto).

“Queremos habitação, emprego seguro, horários para viver e tempo para amar, alimentação de qualidade. Violência é parir na estrada e ouvir ameaças da extrema-direita. Não nos metem medo”, lê-se na convocatória, que apela à mobilização coletiva em defesa de uma sociedade livre, igualitária e sem exclusões.

Entre as reivindicações estão o direito à habitação digna, a redução do IRS para trabalhadores, o fim do trabalho noturno não essencial, o reforço dos serviços públicos e a defesa do direito à greve.

Também repudia a violência sexual e política, especialmente aquela promovida por ‘bots’ militantes do partido liderado por André Ventura, e critica a imprensa que segue a agenda da extrema-direita.

A professora universitária contesta tanto o uso obrigatório da burca quanto a sua proibição, defendendo que ambas representam formas de controlo sobre as mulheres.

A proposta de lei do Chega que proíbe o uso de roupas que tapem o rosto no espaço público invocando os direitos das mulheres e questões de segurança foi aprovada pelo PSD, IL e CDS-PP, mas é vista pela esquerda como uma medida que estigmatiza a comunidade muçulmana.

O projeto segue para discussão na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. Após essa etapa, regressa ao plenário para votação final global. Só depois da promulgação poderá entrar em vigor.