«Símbolo internacional da defesa da paz, dos direitos humanos e da autodeterminação dos povos», José Ramos-Horta foi recordado hoje, pelo reitor da UMinho, como «uma das figuras mais marcantes da história contemporânea de Timor-Leste».
«Com coragem, persistência e profundo conhecimento, construiu uma estratégia de diplomacia global, sustentada no diálogo e na justiça, que manteve viva a causa timorense e impediu que o sofrimento do seu povo fosse esquecido. O seu percurso de vida revela uma inabalável determinação em servir a sua comunidade e a humanidade», referiu, na cerimónia de atribuição do doutoramento honoris causa.
Rui Vieira de Castro lembrou ainda a «dedicação incansável» de Ramos-Horta «à resolução pacífica do conflito, o seu compromisso com os direitos humanos» após a restauração da independência de Timor-Leste em 2002, bem como «a visão marcada pelo ideal de reconciliação nacional, promovendo o diálogo entre antigos adversários e procurando criar bases sólidas para a democracia e para o desenvolvimento sustentável do país».
O reitor deu ainda nota de que, «ao atribuir a José Ramos-Horta o título de doutor honoris causa, a Universidade do Minho não apenas homenageia um estadista e humanista de projeção mundial, mas também reafirma o seu compromisso com a defesa dos direitos humanos, a paz, a justiça e a construção de um mundo mais justo».