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Vistam uma camisola amarela e… apareçam

Terminada a etapa da Vuelta e já com a transmissão em MÊDA, apesar de frequentador habitual do Flávio Sá Leite, dei comigo a ter dificuldade em reconhecer a maioria dos nossos atletas, pelo que, fotografei o momento e escrevi no facebook: “Difícil? Cada vez mais... a tender para o impossível, mas se assim não fosse não era para nós. Força ABC...”. As camisolas que no ano passado eram vestidas pelo Grilo, Pesqueira, Spínola, Seabra, Sarmento, José Costa, Emanuel Silva, Branquinho, André Gomes, tinham novos donos. Olhava-se para o banco, e se não fosse o Carlos Ferreira e o Armando Fernandes, parecia um jogo de juniores (presentes nesta final, 10 atletas formados no clube). Atendendo a tudo o que acabei de escrever, dizer que estava confiante, seria mentir, mas a serenidade do banco, onde o calmo CR7 deu lugar ao não menos calmo, Jorge Rito (que apelido de 7 também, devido à conquista da 7.ª supertaça no historial do clube), a experiência de Humberto na baliza, Hugo Rocha a comandar as tropas, e Carlos Martins a fazer de Usain Bolt, deixavam-me… sonhar. Até porque o jogo foi mostrando que os reforços, os que não eram as escolhas no ano anterior, e até um “ex-reformado” que dignamente acedeu apresentar-se novamente ao serviço da ca(u)sa (parabéns Dario) tinham algo que atemorizava os adversários… uma camisola amarela vestida. Alguém disse há uns tempos “vistam-lhes uma camisola amarela e os adversários borram-se todos”. Será? Não sei, mas, talvez para os assustar ainda mais, as camisolas amarelas estavam limpas, nem nomes de jogadores, nem publicidade, apenas o símbolo ABC/UM, contrariamente aos adversários, que além dos nomes dos “craques” tinham publicidade a um banco público e a empresas de renome. Acompanhei o jogo e aprendi a associar novos nomes (ditos pelos comentadores) às caras e corpos de amarelo vestido, e, a sensivelmente cinco minutos do final quando Nuno Silva nos dá vantagem de 5 golos, comecei a vibrar com mais uma vitória (esta mesmo) épica, que prova que em Braga, andebolistas são como cogumelos, nascem diariamente. Aproveitei então, para, em novo post no Facebook (já pareço BdC) alertar as forças vivas e empresas de renome da região, para a necessidade de se associarem ao AMARELO, a cor do…OURO. Guilherme Freitas, vice-presidente do clube e um dos que não deixa que a alma deste se perca, na recente receção na Câmara, concluiu um emocionado discurso com: "O ABC somos todos nós". E eu complemento: “Faltam muitos de nós. Apareçam e valorizem um clube que é uma fábrica de campeões, no desporto e na vida, e sintam, como eu, que… ganhar assim tem outro sabor.”
Autor: Carlos Mangas
DM

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31 agosto 2017