Frequentador das redes sociais, tento encontrar e valorizar, nestas, motivos de interesse pessoal e/ou profissional. Sendo as minhas áreas preferidas, educação e desporto, é essencialmente nestas que manifesto opinião e leio o que outros escrevem.
Uma vez que tenho também a facilidade (e felicidade) de poder escrever em jornais locais, nos meus escritos, cada vez mais, tento chamar a atenção para o que realmente importa. Recentemente, na rede, jornais e TV, tomei conhecimento de situações que me cativaram, pelo que entendi dever valorizá-las partilhando-as aqui convosco.
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O Liverpool decidiu compensar os adeptos que compraram a camisola de Coutinho (entretanto transferido para o Barcelona) com um voucher de 50 libras para ser usado nas lojas do clube, podendo os adeptos ficar ainda com a camisola que tinham adquirido. O futebol inglês a demonstrar respeito pelos fiéis seguidores dos clubes.
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Num cartoon, em Portugal, aparece um senhor a levar uma TV para arranjar, dizendo que está avariada porque só fala de três clubes. Estão todas avariadas, digo eu.
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Passou recentemente na Sportv uma reportagem sobre um grupo de jovens que decidiu “ressuscitar” um clube - o Varziela. O que esta reportagem nos mostra em termos de bairrismo, companheirismo, respeito pela história do clube e por quem o ajudou a construir, é um enorme exemplo para que todos os que vivem em pequenas cidades, vilas ou aldeias, possam perceber que o que interessa mesmo, é valorizar aquilo, e aqueles, com quem nos cruzamos e convivemos diariamente, ao invés de perdermos tempo a discutir e apoiar clubes das grandes cidades.
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Por fim, uma notícia que deveria ter aberto telejornais e suscitado verdadeira discussão internacional, de que só tomei conhecimento através de um post no facebook:
“Foi notícia nos últimos dias do ano findo. A ucraniana Anna Muzychuck, campeã mundial em duas vertentes do xadrez, preferiu perder o título a deslocar-se à Arábia Saudita para o renovar. A razão é simples: a recusa em alinhar com a discriminação negativa de que as mulheres são vítimas naquele reino. Sabendo que a atitude lhe custava a perda não somente do título, mas de uma alta quantia de dinheiro, Anna Muzychuck optou pela dignidade.”
Foi notícia? Com a divulgação devida, não. No entanto, senhoras semivestidas de preto em luta contra a descriminação e assédio sexual, ocuparam muito espaço em noticiários e revistas. Sem pretender desvalorizar este assunto, pergunto: O que custou às ditas senhoras fazerem-no? Apetece até perguntar quantas delas atingiram o estrelato beneficiando do que agora (e muito bem) criticam?
Acerca da xadrezista, subscrevo na integra as palavras do Prof. Dr. Jorge Bento, ex-professor da Faculdade de Desporto do Porto: “Oxalá a atitude de Anna Muzychuck floresça! O desporto possui um património de gestos edificantes. Pode e deve aumentá-lo no capítulo da afirmação e respeito de direitos e princípios fundadores da Humanidade, e na tomada de posições contra quem os agrave.”
Autor: Carlos Mangas