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“Amigo não empata amigo”). Este é um sábio provérbio, aqui do Noroeste português. E destina-se a lembrar educadamente a alguém que, estando pelo seu estatuto ou inacção a prejudicar pessoas das suas boas relações, deve reconhecer isso mesmo; e deixar de o fazer, ir à sua vida, deixar de se aproveitar desse seu estatuto ou relações, uma vez que quem sai prejudicado são aqueles de quem a pessoa diz ser “amiga”. Ora este ditado assenta como uma luva ao fraco desempenho do dr. Rui Rio, actual secretário-geral do PSD. E como tal, deve deixar de “empatar os amigos” e ir à sua santa vida. Demitindo-se, parece agora mais que óbvio. É que o “tempo é dinheiro”. O tempo urge. “Tempus fugit”, foge, como Roma dizia.
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Um “Rio” de águas paradas…). No sul de França, há uma vila perto de Montpellier, com o sugestivo nome provençal de “Aigues-mortes” (águas mortas). É o que me lembra a actuação do actual pres. do PSD. Lembra o leito de um lago de barragem, que o vento contrário à (nenhuma) corrente parece até fazer andar para trás. Se o “rio de Rui Rio” contudo afinal corre, então parece que ele se dirige para a sua verdadeira foz, provavelmente lá no Ganges, no Indo ou no Bramaputra, levando (quase) toda a amorfa militância atrás. Corre para os domínios do dr. Costa e do PS. Acorrentando o PSD aos interesses, estranhos, da Esquerda portuguesa mais radical (e às vezes, patusca); a qual, o grosso da população já está a ficar mesmo cansado de aturar. Sobretudo, quando a influência de PAN's e BE's começa a literalmente, pontificar. Glosando o lamentável episódio de Galileu (no séc. XVII), poderíamos agora perguntar: “Eppur si muove? Non, non si muove”. Ou, em napolitano, o PSD de Rio vai mais “arréte” (para trás) que “annantse” (para a frente).
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Cardumes e “banhos de ética”). Rio não será má pessoa; mas desde que na autarquia do Porto se incompatibilizou com Pinto da Costa (por não lhe querer prestar injusta vassalagem no PDM), ganhou então o mau hábito de andar sempre a fugir da imprensa. E de pensar que a sua “linda cara” (lembra o pres. Johnson, mas mais baixinho) bastaria para continuar a ganhar eleições. Os aparecimentos mediáticos de Rio continuam raros e normalmente são nervosos, “abespinhados” e bastante mal sucedidos. Noutro dia, em Helsínquia (naquele episódio em que se lembrou de dar curtas respostas em alemão), a cena parecia um cardume de peixinhos a deslocar-se a alta velocidade, com Rio a fugir à frente. Isto, para nos mantermos nas imagens, digamos, “aquáticas”, inventadas pelo próprio, com aquela história do “banho de ética”. Já é a 2.ª vez em que quase se afoga no apregoado “banho de ética”. Em ambas as vezes, por causa dos secretários-gerais (não se trata de menos…) que escolhe. O 1.º, o jovem Feliciano Barreiras Duarte, arranjou encrencas com as declarações que fez acerca do seu currículo e da sua morada. O 2.º, José Silvano, além de se ausentar do parlamento com frequência (mas sem querer deixar de ganhar os subsídios de presença) faculta a sua “password” a terceiros, não se sabe se a muitos se a poucos. Além de uma “password” dever ser pessoal e intransmissível, há que lembrar que Silvano é o n.º 2 do partido. Para mais, ele é “secretário-geral”, teoricamente aquele que guarda os principais “segredos”. Daí que, se os deputados dos vários partidos andam agora a partilhar “passwords”, que garantia têm os cidadãos acerca do normal funcionamento dos partidos e do verdadeiro resultado das votações?
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Afinal, parece que já não há virgens no Alto Minho).A preocupante afirmação é da deputada por Viana, Emília Cerqueira, que foi a azougada, bonita e secreta confidente, que em 2 dias diferentes utilizou o computador de Silvano, sem dizer a ninguém. Afirma ela pois, que nem há virgens ofendidas, nem sequer das outras, das comuns. Serão assim tão poucas (fruto da desertificação?), que se conheçam todas umas às outras? Será falta de acção pastoral? Será a perniciosa influência de Quim Barreiros, esse lúbrico e melodioso sátiro, originário da região, de V. P. Âncora? Será antes a influência anti-tradicionalista, “botabaixista”, de José Maria Costa, esse implacável exterminador da reles classe dos toureiros, bandarilheiros, cavaleiros, forcados, ganadeiros e músicos que toquem “pasodobles”? Esse sobredotado e exigente esteta, que gerirá verbas avultadas para deitar abaixo todos os afrontosos e inúteis “prédios-coutinhos” existentes entre o Lima e a serra de Arga? Ora essa, já não há virgens no Alto Minho… Provavelmente, vou ter de “checar” a infamante informação com uma certa nativa do A. Minho, de quem me estou a lembrar agora.
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Hugo Soares, Montenegro, Abreu Amorim, Marco António).E por esta ordem de cotação e oportunidade, no presente momento. Para um partido cuja principal implantação (além da Madeira) sempre tem sido de Leiria para norte, será assim tão difícil organizar e vencer um Congresso Extraordinário que reponha na chefia do PSD alguém que agrade aos votantes do próprio PSD? E que não seja um objectivo lacaio do dr. Costa e, pior que isso, de certa extrema-esquerda, jovem e inculta, recém-chegada ao Poder?
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Santana Lopes (“Aliança”) e o PS de Costa vão roubar muitos votos ao PSD de Rio).O actual PSD de Rio, mais parece “um PS envergonhado”. Por isso, os eleitores vão antes votar no original e não na cópia. Se o PS vai subir, então Costa vai ainda dar menos atenção ao seu ingénuo bajulador nortenho. Depois, boa parte dos 46% que apoiaram Santana Lopes contra Rio, irão é votar no novo partido de Santana, o “Aliança” (até eu posso ser um deles…). Mesmo para o CDS, pode haver perdas de votos do PSD. E o partido mais votado será decerto o PS, sempre abençoado por Marcelo.
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Rui Rio nada fez para transferir a poluente ETAR de Lordelo do Ouro).Rio é um mito… Embora eu já tenha votado nele para a Câmara, ele não fez absolutamente nada para tirar de Lordelo a já famosa ETAR de Lordelo (“Sobreiras”), um inqualificável flagelo odorífero e respiratório para 30 ou 40 mil portuenses. Boa parte deles, de classe média e votantes no PSD! Nem o problema foi sequer abordado por PSD, PS ou PCP. Por isso, como diz Alegre, admirem-se que nasçam Bolsonaros por aí.
Autor: Eduardo Tomás Alves