Há parentalidade, pois duas mulheres ou dois homens, imagine-se, podem ter filhos (“fazer”), bastando para tal, por exemplo, recorrer a um “Banco de Esperma”, ou de “Ovócitos”, escolher um espermatozoide ou ovócito de um dador/de uma dadora qualquer e anónimo e… fazer a fecundação e respectiva implantação a seu tempo num útero de aluguer ou emprestado e esperar, para já, nove meses para que tenham a criança que não nascerá rapaz sem pénis e testículos nem vagina e útero/ovários, como se tal fosse possível! E dizem que a envolvente cultural fará depois, um homem de vagina a quem cortarão umas “coisas” com que nasceu e a que a cultura chama pénis e testículos ou anularão a “coisa” com que nasceu e a que a cultura chama vagina (útero e ovários) e implantarão próteses a que chamarão pénis!
Depois, como há “Bancos de Gâmetas”, a chatice de se chamarem espermatozoides ou ovócitos e que a biologia discriminatória e dominada pela cultura que teima em sobreviver, estarão disponíveis para “encomendar” um descendente sexuado biologicamente, mas que terá de ser assexuado pela cultura do pensamento único do “género”. Acabam-se o Pai e a Mãe que a cultura machista criou (!!!!) para se ter somente os progenitores A e B.
…Mas um espermatozoide não é um pai nem um progenitor A. É uma célula haploide (com 23 cromossomas, dos quais um se chama, por enquanto, X e o outro, noutros espermatozoides é chamado Y). Um pai é um ser masculino, diploide (com 23 pares de cromossomas, dos quais um dos cromossomas deste par é X e o outro Y).
…Mas um ovócito não é uma mãe nem um progenitor B. É uma célula haploide (com 23 cromossomas, dos quais um é, por enquanto, chamado X). Uma mãe é um ser feminino, diploide (com 23 pares de cromossomas, e todos os ovócitos só têm um par XX ).
Além disso, há as hormonas, que não são as mesmas! Depois, há os órgãos sexuais que são significativamente diferentes, como a mais simples observação permite constatar! Depois, a partir da puberdade (que vem em idades diferentes) há a distribuição dos pelos… E depois há a musculatura…
E agora há a estupidez de nos fazerem crer que esta coisa de sexo não faz sentido e que é a cultura que os cria! Por isso, as campanhas para mudar a nossa cultura estão furiosamente em acção. E não lhes falta nem dinheiro nem poderes políticos e mediáticos totalmente disponíveis. Nem acção de perseguição para quem os contrariar.
Autor: Carlos Aguiar Gomes