twitter

Um exemplo que o país não pode esquecer

Este é o momento certo para clamar pelo orgulho de ser bracarense- uma premissa, que não precisando de qualquer justificação, faz todo o sentido e deve ser uma referência para o resto do país. Porquê? É simples: os bracarenses estão a dar um exemplo do que deve ser o exercício da cidadania e ainda que, mau grado os níveis de abstenção, há que lembrar que o distrito de Braga alcançou uma das mais baixas taxas de abstenção nas eleições legislativas de 2019 e será de esperar que mantenha essa referência que se justifica pelo empenho de muitas e muitos bracarenses nesta hércule tarefa.

Entramos no segundo round do combate contra a iliteracia política e a anemia dos que reclamando todos os direitos que a Constituição lhes consagra, se esqueceram que a mesma Lei fundamental também institui para todos, sem discriminação, um conjunto de deveres, dos quais se destaca o dever de votar.

Iniciamos esta caminhada a 25 de Abril de 2021. Nove meses depois continuamos e reforçamos a campanha pela civilidade entre eleitos e eleitores com a ajuda de centenas de bracarenses que não faltaram a esta segundo apelo; uma segunda hipótese em que colocamos, de novo, no top da agenda, a necessidade de inverter a letargia que tem marcado o exercício da cidadania política ativa.

Para estas eleições, destacava pela sua importância suprema, a mobilização da comunidade escolar, particularmente da Universidade do Minho e das escolas secundárias que, na semana que agora se inicia, estarão na linha da frente seja para debater, sensibilizar ou mobilizar. Sempre dissemos e estamos convictos de que esta maratona terá um fim, mas como o próprio conceito indica, exige tempo, estratégia, muita paciência, persistência e resistência quanto baste para atingir os objetivos.

Duarte Lopes, novo presidente eleito da Associação Académica da Universidade do Minho merece uma referência especial, não fosse ele o rosto de uma academia que, sendo a casa do conhecimento por excelência, deve ser sempre um exemplo do que são hoje os pergaminhos de uma cidadania proativa. Felicito-o pela coragem, humildade e sentido de dever público que marcam o início do seu mandato. Da mesma forma, e com a mesma veemência, destaco a total disponibilidade e abertura das direções das escolas secundárias de Braga que amanhã iniciam um conjunto de debates internos com os seus alunos no que constitui um dos pilares fundamentais na EDUCAÇÃO: o despertar dos mais novos para as suas responsabilidades atuais e futuras. Será, sem dúvida, um enorme contributo para o fortalecimento da Democracia e do exercício do homo politicus- uma condição que precisa de ser relevada, acarinhada e sublinhada seja nas escolas, seja na família, seja no ambiente social.

Se é aqui que se joga, igualmente, o futuro da nossa Democracia e se é aqui, também, que se joga a sua defesa contra a tendência autocrática que se espalha pelos vários continentes, não é menos relevante, sublinho, o envolvimento dos autarcas eleitos. Anteontem, aconteceu! Seis presidentes de Junta, representantes de cerca de 100 mil eleitoras e eleitores, uniram-se, produzindo uma Declaração de compromisso para invertermos em conjunto esta tendência crescente para a anemia política. Por último, relembrar e enfatizar, de novo, a abertura e empenho das associações empresariais de Braga e do Minho e dos empresários e geral e das associações juvenis e seus representantes que no passado dia 11, voltaram a dizer Presente, constituindo, através da sua atitude e empenho, uma referência do que deve ser o contributo de todas e de todos. Braga deve orgulhar-se do que está a fazer. Só precisamos que o país olhe e veja nestas e nestes notáveis bracarenses um exemplo a seguir. Sublinhe-se, por isso, a adesão da comunicação social que fará a sua campanha em prol do combate à Indiferença, apelando ao exercício do direito e do dever de Votar.


Autor: Paulo Sousa
DM

DM

16 janeiro 2022