Inicio hoje nova época de escrita no Diário do Minho. Atendendo ao que tem sido notícia diariamente, confesso ter sentido problemas no tema a escolher.
Ainda pensei aproveitar a bombástica transferência da Cristina Ferreira da TVI para a SIC. No entanto, devido ao facto de Jorge Mendes não estar envolvido, a mesma não teve cariz mediático internacional.
Com o inesperado surgimento do nome da princesa Diana na transferência (o mediatismo internacional que faltava) ainda acreditei que a CMTV através do Bruxo de Fafe conseguisse uma entrevista em exclusivo com o espírito de Lady Di. Infelizmente tal não aconteceu e perdeu-se (tema e) oportunidade de ouro.
Outra hipótese seria a pré época do nosso Presidente da República. No entanto os diferentes canais de televisão que o acompanharam diariamente em inúmeras praias fluviais do país, não se preocuparam com o essencial: Qual a praia com a temperatura mais propícia para obter records de natação? Percebemos apenas que em todas elas poderíamos afogar mais facilmente do que no mar por… “falta de sal”.
Decidi pois, dissertar sobre as (des)vantagens de uma derrota por 28-0 (Frielas) para o desenvolvimento do nosso futebol feminino. A escrever a crónica no café enquanto não havia jornais disponíveis, alguém me questionou se queria ler o Diário do Minho. Peguei-lhe e, sem surpresa… surpreendi-me.
Já não é a 1ª vez que quem escreve à 5ªf se apodera de temas fraturantes do desporto nacional, deixando-me, se não ler, com fortes hipóteses de ser acusado de plágio e consequente despedimento por justa causa. Mas falta pouco para o fascínio comum por estes resultados, deixar de originar plágios.
A partir do próximo mês teremos dezenas de “Frielas” à escolha, e só um improvável acaso nos fará escrever sobre o mesmo. Refiro-me aos escalões de Benjamins e Infantis da nossa associação, naquilo que a AF de Braga denomina de competição desportiva, e eu, parafraseando os Gato Fedorento, prefiro dizer que “…é uma espécie de…”. E, espécie e competição, levam-me aos tempos de estudante de biologia, onde aprendi que a competição é “uma interação de indivíduos que disputam algo, originando um processo seletivo regulador da densidade populacional que contribui para evitar a superpopulação das espécies”.
Mas, e no caso em apreço, a disputa de uma bola e a busca de um resultado desportivo não deveriam possibilitar que sobrevivessem apenas os mais fortes, como infelizmente acontece.
No desporto em geral, e no futebol em particular, a competição deveria ter um efeito oposto, contribuindo para o aumento exponencial de praticantes, até porque esta é parte integrante da formação das crianças e jovens.
Nela, as crianças devem potenciar, entre muitos outros, valores e capacidades como a autoestima, o espirito de sacrifício, o respeito pelas regras, o desenvolvimento e aquisição de habilidades motoras, etc.
O desporto deve(ria) proporcionar-lhes, essencialmente, satisfação, prazer e divertimento. Com estes resultados? Huuummm…
Autor: Carlos Mangas