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Ser bom viver em Braga

Pois bem, tais lamúrias, queixas e preocupações prendem-se, quase sempre, com a segurança e bem-estar de pessoas e bens e embelezamento de espaços e paisagens; e isto, obviamente, porque as cidades devem ser feitas para as pessoas e não estas para aquelas.

Depois, porque nem sempre fácil se torna o acesso dos munícipes aos poderes instituídos, por variadas e óbvias razões (aqui, na minha modesta opinião, para chegarmos à fala com os responsáveis da nossa Autarquia, a coisa complicou-se com a criação do Portal do Cidadão, penso que assim designado); e, deste modo, não sendo lógico e muito menos funcional, se passou dos oitenta do antigamente para os oito da atualidade. 

Mas, vamos ao que aqui nos trouxe e preocupação é de muitos bracarenses:

Os cães – continuam a passear-se pelas ruas e jardins sem trela nem açaime e muitos deles de raças perigosas e porte atlético, assustando muitas crianças e adultos; e igualmente continuam a defecar a esmo sem que a maioria dos donos recolham os dejetos como obrigatório é por legislação municipal e sanitária. Ora, tendo estes animais direitos consignados por lei, também deveres têm; todavia, porque seres irracionais são, aos seus donos compete exercer tais deveres em seu nome; e, aqui, a Polícia Municipal deve fazer cumprir a legislação em vigor que é para isso que também ela foi criada. 

Os jardins – sendo a Avenida Central, por excelência, a sala de visitas da cidade, merece um jardim com relvado mais bem tratado e canteiros de flores e arbustos que mais a embelezem; como igualmente o jardim da Avenida da Liberdade pede reforma, pois a monotonia floral que o compõe, há vários anos (amores-perfeitos no inverno e cravos-xarope no verão) já cansa; além do mais, o custo desta operação e manutenção custa-nos muitos milhares de euros, pelo que seria mais económico e agradável um jardim arrelvado e com canteiros de arbustos e flores variados.

As lajes – Há zonas da cidade, concretamente na rua de S. Vicente, travessia da rua do Carvalhal para a de Santo André e passadeira frente ao Banco de Portugal, onde as lajes quebram frequentemente com o peso dos veículos que sobre elas transitam; então, junto ao Banco de Portugal é mesmo um flagelo, pelo que tal revestimento, estas áreas, devia ser substituído por paralelos que aguentam bem o trânsito automóvel e duram uma vida. Esta herança que o anterior executivo nos legou, para além de imprópria e nada funcional, é um sorvedouro de dinheiro dos cofres municipais. 

As bicicletas e os skates – estes meios de locomoção e diversão utilizados são em ruas, praças e largos da cidade onde a prioridade deve ser dada e garantida ao peão; mas tal não acontece e os casos de crianças e idosos abalroados por estes intrusos, causando-lhes, por vezes, mossas e sustos, são frequentes, pelo que, uma vez mais, a ação da Polícia Municipal tem aqui a sua utilidade, vigiando e proibindo estas práticas em tais zonas.

Pois bem, espera-se que estas chamadas de atenção mereçam da parte dos poderes autárquicos o registo e tratamento adequados; porque, se o slogan do antigamente de que É Bom Viver Em Braga nunca foi alcançado nem cumprido, os bracarenses anseiam ardentemente que, por força do saber fazer com seriedade, competência e prudência, sem demagogias nem populismos, dos atuais poderes instituídos, em breve o seja. 

E, então, tempo e modo serão de exclamarmos:

– Finalmente É Bom Viver Em Braga. 

Então, até de hoje a oito.


Autor: Dinis Salgado
DM

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15 março 2017