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Seis anos depois...

Braga assinalou, na última sexta feira, 6 anos de mandato de Ricardo Rio e de todos os autarcas que o acompanham à frente dos destinos da cidade.

A dimensão deste evento, com mais de 1500 bracarenses orgulhosos, unidos no sentimento comum da melhor qualidade para o nosso concelho, foram as marcas mais salientes desta comemoração.

O que de mais relevante retenho da gestão de Ricardo Rio, independentemente de todas as suas obras e políticas, imateriais ou materiais, maioritariamente de muita qualidade, foi o reforço do sentir de cada bracarense – aqui nascido ou vivido – em ser parte de uma cidade integradora, pujante, desenvolvida, aberta a todos, que a todos pertence e confortável com o seu lugar no mundo.

De facto, a estratégia seguida por Ricardo Rio foi agregar todos: Igreja, instituições sociais, económicas, agentes desportivos, as mais diversas entidades bracarenses num conjunto comum de pertença à cidade.

Além da difícil situação financeira herdada, Braga tem problemas estruturais, desenvolvidos ao longo de décadas, erros crassos de gestão pública que demoram, por vezes, gerações e gerações a resolver. A responsabilidade de Ricardo Rio é apressar o mais possível esse tempo e continuar a desenvolver a cidade, num trabalho contínuo e infindável onde a normalização das nossas contas públicas têm um papel fundamental.

A visão que tivemos no PSD, há mais de quinze anos, de apostar num jovem desconhecido, muito novo ainda para ter história, mas muito bem preparado, de discurso fácil e com uma vontade férrea de ser Presidente da Câmara de Braga, valeu a pena.

Naquelas épocas, Ricardo Rio teria todas as condicionantes para não ser escolhido. Havia no leque de escolhas do partido, personalidades com caraterísticas públicas muito mais relevantes do que ele. No entanto tivemos a perceção no PSD que tínhamos de inverter a estratégia antiga e apostar, no futuro, sempre no mesmo candidato e ir construindo as nossas estratégicas e as nossas políticas consistentes e coerentes ao longo do tempo.

Ricardo Rio, com alguns erros certamente, esteve sempre à altura do papel que lhe foi entregue, que abraça com muita garra, conseguindo desde há mais de 15 anos a união do partido, sendo esta uma das chaves do seu sucesso e que não se pode perder.

O PSD orgulha-se muito do seu passado. Vem-me à memória, como símbolo dos homens e mulheres desse tempo, o saudoso senhor Castro, carteiro de profissão, que tiveram uma luta grande contra o mesquitismo, em condições pessoais e políticas dificilíssimas, muitas vezes isolados na cidade e que foram determinantes até à atual vitória.

O que mais me orgulha na atual situação política de Braga é o facto de esta apenas se dever, na sua essência ao PSD concelhio, sem interferências exteriores, onde Ricardo Rio teve o principal papel mas que contou sempre, também graças a ele, com um partido unido e que o auxiliou ao máximo, sem hesitações.

Sendo assim, a obrigação ética de Ricardo Rio é a de entregar – como será a sua vontade – a chave do poder autárquico na sede do PSD na Senhora-à-Branca, exatamente como a recebeu. Até porque o projeto do PSD para o concelho não se esgota em 12 anos de gestão autárquica e haverá que continuar o legado iniciado pelo atual Presidente.


Autor: Joaquim Barbosa
DM

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16 outubro 2019