Pais exacerbados com os filhos e vice-versa, envolvidos em grandes discussões sem sentido, agressões, crimes horrendos; professores ameaçados verbalmente, agredidos por alunos e por encarregados de educação; professores impossibilitados de dar uma aula por falta de disciplina; professores, por vezes, pouco apoiados pelos próprios órgãos de gestão, pelo próprio Ministério de Educação, não havendo normas rígidas para combater esses casos que não podem, de maneira alguma, acontecer;
alunos que são influenciados por outros colegas, causando-lhes retrocessos no seu caminho educativo; cenas macambúzias, de desrespeito, de falta de bom senso que se observam na rua, nos jardins e em outros locais públicos; falta de respeito pelos locais de culto e em cerimónias religiosas; exploração, por vezes, de trabalhadores nas empresas; políticos que não cumprem o que prometeram ou estão nos cargos para se governarem, prejudicando fortemente o país e, consequentemente, todos nós; gestores, presidentes… que arruínam ou enfraquecem as suas empresas, prejudicando, fortemente, os seus servidores.
Tudo o que referi, como exemplos, felizmente, não é geral, mas temos de procurar inverter essa tendência contagiosa que está a propagar-se de uma maneira já bastante assustadora. São doenças virais que se devem combater, mas sobretudo evitar, pois não são fáceis de curar. Por isso, necessitamos de utilizar todos os meios preventivos que, neste caso, se resumem no seguinte: é preciso saber educar uma criança desde o seu nascimento e por aí adiante, formando cidadãos sãos, imunes a essas epidemias que a sociedade deve constantemente tentar obstruir.
Construamos o nosso próprio futuro para que os nossos filhos saibam atuar em relação aos outros, mas também em relação a nós e que possam, mais tarde guiar-nos, mormente na nossa velhice, dando-nos também conselhos quando o nosso discernimento começar a ser afetado. Onde existir educação, ela irradia em todas as direções, convergindo para patamares de ordem, seriedade, confiança, felicidade, de harmonia, de crescimento, de amadurecimento cultural, ficando, nos seus intervenientes, um sentimento do dever cumprido.
Quero, agora, partilhar convosco uns pensamentos, a meu ver, muito significativos enviados, por correio eletrónico, pelo meu condiscípulo, Francisco Assis Sousa:
«Quando um pássaro está vivo e de boa saúde, ele come as formigas, mas quando morre, são as formigas que o comem. Tempo e circunstâncias podem mudar a qualquer minuto. Por isso, não desvalorize nada em sua volta. Você pode ter poder hoje, mas, lembre-se: O tempo é muito mais poderoso do que qualquer um de nós! Saiba que uma árvore faz um milhão de fósforos, mas basta um para queimar milhões de árvores. Portanto, seja bom! Faça o bem!
O tempo é como um rio. Nunca se poderá tocar na mesma água duas vezes. Não procure, também, pessoas perfeitas, porque elas não existem.
Tenham quatro amores: Deus, a vida, a família e os amigos. Deus porque é o dono da vida; a vida porque é curta; a família porque é única e os amigos porque são raros!»
Problemáticas educativas
Tanta gente boa qu’ainda existe
Dons incrementados, ressaciados…
Valores intrínsecos, enraizados…
Copioso tesouro que persiste!
Levanta-te! Dá o que possuíste.
Não temas! Forma seres acalentados.
Semeia! Tantos bens acumulados!
Não extingas o que usufruíste.
Constrói teu futuro com o presente,
Frutifica gestos de gratidão!
Serás agraciado, certamente.
A sociedade quer a tua mão,
Viveiro. Ah! Primorosa semente!
Germina, cresce. Dá frutos de então.
Autor: Salvador de Sousa