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Sabe reconhecer um melanoma?

Esta semana assinalou-se oDia Europeu do Melanoma, um dia que pretendealertar a população para os perigos da exposição solar excessiva e malefícios que esta pode originar na pele.

O melanoma maligno é uma doença do foro oncológico cada vez mais frequente e potencialmente letal. Tem origem nas células do sistema de pigmentação da pele, isto é, nas células (melanócitos) que produzem o bronzeado após a exposição ao sol. Apesar de não ser o tipo de cancro de pele mais frequente, é o mais perigoso/mortífero.

Pode afetar pessoas de qualquer idade e frequentemente apresenta-se como um sinal escuro, que desenvolveu bordos irregulares ou cores diferentes ao longo do tempo; ou como um nódulo rosado, de crescimento rápido. Deve-se ter também em atenção que o melanoma pode desenvolver-se a partir de sinais presentes ao nascimento, principalmente quando não são salientes.

O melanoma tem potencial para metastizar rapidamente (disseminar-se à distância para outras partes do corpo), pelo que é necessário tratamento cirúrgico imediato. Se o tumor crescer em profundidade e penetrar nos vasos sanguíneos e/ou linfáticos pode provocar a morte em alguns meses ou poucos anos.

Tendo em conta que o melanoma é particularmente grave, deve estar familiarizado com os sinais a procurar. A regra do ABCDE pode ajudá-lo a detetar o melanoma de forma mais precoce.

Assim, deve valorizar os sinais que são assimétricos (A), têm bordos irregulares (B), têm cores diferentes (C) - várias tonalidades de castanho, preto, azul, cinzento ou vermelho, e têm diâmetro superior a 6 mm (D).

A evolução dos sinais (E) é o parâmetro mais importante como indicador de lesão suspeita, sendo de valorizar a mudança de cor, dos contornos e o crescimento recente. Para além disso, procure na sua pele os sinais que têm aspeto diferente dos restantes (conhecido como o sinal do “patinho feio”).

Se encontrar uma lesão suspeita, deve consultar um médico, preferencialmente um dermatologista, o mais rápido possível. O diagnóstico precoce faz com que a probabilidade de cura seja mais elevada.

De forma a prevenir o melanoma maligno e os outros tipos de cancro de pele, deve evitar a exposição solar nas horas de maior risco (entre as 11h e as 17h) e procurar a sombra sempre que possível. Deve aplicar protetor solar diariamente (pelo menos na face), de preferência com fator de proteção solar 50 e verificar se tem ação tanto contra os raios UVA como UVB.

Lembre-se que a maioria dos filtros solares só começam a atuar meia hora após a sua aplicação e a eficácia dura cerca de duas horas, pelo que deve reaplicar ao longo do dia.

Tenha cuidado com os protetores muito fluidos, “transparentes” ou “em espuma”; podem dar uma falsa sensação de segurança, sobretudo se não forem utilizadas sucessivamente várias camadas na mesma zona de pele, principalmente nas crianças.

Sempre que possível use vestuário de proteção, preferencialmente de cores escuras, roupa de mangas compridas, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV (ultravioleta). A frequência de solários também aumenta o risco de melanoma e contribui para o envelhecimento prematuro da pele.

Também é importante realizar o autoexame mensal dos sinais da pele, se necessário com a ajuda de espelhos, uma vez que nem todos os sinais suspeitos se encontram em zonas visíveis. Deve incluir no exame da pele a cabeça, as orelhas, as regiões palmares e plantares, entre os dedos e as unhas.

Portanto, para diminuir o risco de cancro de pele, deve evitar a exposição exagerada à radiação solar. Lembre-se que esta exposição ocorre em todos os lugares, não apenas na praia, e que os raios UV podem causar danos na pele, mesmo quando o sol não está presente: “dias de nevoeiro, sol matreiro”.

Só tem uma pele para toda a sua vida, por isso preserve-a!


Autor: Filipa Almeida
DM

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18 maio 2018