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S. Francisco de Sales padroeiro dos jornalistas

Estudou em Paris Filosofia e Retórica e também Teologia. Na Universidade de Pádua, onde em 1592 se doutorou em Direito para fazer a vontade ao pai, continuou a preparar-se para a sua autêntica carreira: das oito horas de trabalho diário que se impôs, quatro dedicava-as ao estudo do Direito e outras tantas reservava-as para estudar Teologia.

Quis o pai que ele casasse, destinando-lhe uma noiva fidalga da alta nobreza de Saboia. Com muito esforço e não menos paciência conseguiu convencê-lo de que não era esse o seu caminho.

2. Ordenado sacerdote na catedral de Annecy em 1593, dedicou-se à pregação. Procurou reconduzir ao Catolicismo o povo do Chablais, calvinista, o que conseguiu, tendo utilizado folhas volantes, já que os hereges não acudiam a ouvi-lo.

Intuiu a importância da Imprensa.

Aos 32 anos foi nomeado bispo coadjutor de Annecy e três anos depois, bispo de Genebra, com residência em Annecy.

Pôs em prática as reformas do Concílio de Trento.

Abriu aos leigos o caminho da ascética e indicou o amor como a essência da vida espiritual.

Instituiu em Tonon uma «universidade» do trabalho.

Foi um grande diretor espiritual, havendo 20.000 cartas suas sobre esta matéria.

Dos seus escritos, os dois livros mais célebres são a «Introdução à Vida Devota» e o «Tratado do Amor de Deus».

Fidalgo de origem e no trato, soube dar exemplo de grande modéstia e austeridade de vida. Preferiu a nobreza de espírito e dos sentimentos à nobreza dos brasões, dos títulos nobiliárquicos, das medalhas ou das comendas.

Reduzindo as despesas pessoais ao estritamente necessário para poder acudir aos mais carenciados, sobretudo aos pobres envergonhados, manifestava edificante desprendimento evangélico no comer, no beber, no vestir, no mobiliário da própria casa.

3. Com Joana Francisca Frémyot de Chantal fundou em 1610 a Ordem da Visitação, cujas irmãs deviam visitar e socorrer os pobres e os doentes. Este projeto foi retomado e posto em prática por S. Vicente de Paulo.

Deu testemunho de paciência, de modéstia e de doçura.

Sendo um lutador, soube, ao mesmo tempo, ser tolerante e compreensivo. Tornou-se proverbial a sua expressão de que se caçam mais moscas com uma gota de mel do que com uma pipa de vinagre.

Faleceu em Lião em 28 de dezembro de 1622 mas foi sepultado definitivamente em Annecy em 24 de janeiro do ano seguinte. O coração ficou em Lião.

D. Bosco inspirou-se no seu apostolado e na sua espiritualidade e deu o seu nome à congregação que fundou para a educação da juventude (Salesianos).

Foi canonizado em 1665.

Pio IX proclamou-o em 1877 doutor da Igreja.

Em 1923 Pio XI proclamou-o patrono dos jornalistas católicos.


Autor: Silva Araújo
DM

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24 janeiro 2017