O ataque às fundações morais da Europa e a imposição da «igualdade de género», nas escolas e por todo o lado, já chegou a Portugal, através das aulas de Cidadania e Desenvolvimento. Apresentam-se, nessa «iluminada» disciplina, todos os tipos de comportamento sexual, parecendo apenas estranha a heterossexualidade.
Não se trata somente de respeito para com quem é «diferente», mas de incentivo a «ser diferente». As crianças ficam completamente baralhadas, cheias de dúvidas, frágeis, de cabeça «torcida». A curiosidade pode até conduzir algumas para caminhos que nunca se imaginariam a trilhar. Isto porque alguns, não lhes bastando ser «diferentes», querem que todos sejam diferentes, querem impor-se – viva o «orgulho gay», querem transformar a diferença em «chiqueza».
Sejam lá o que querem ser – senhores, senhoras, ou qualquer outro «designativo» que queiram ter, ou nenhuma “etiqueta” que desejem assumir. Mas deixem os pais das crianças em paz. Deixem as crianças em paz. Parem de baralhar isto tudo. Parem de destruir isto tudo. Sigam a vossa estrada, mas não deem cabo do caminho dos outros.
Respeito por todos, sim. Mas “lavagens ao cérebro”, não! Compreensão, sim. Mas imposição de minorias, não. As primeiras – respeito e compreensão, recomendam-se. As segundas, “lavagens de cérebro” e imposição de minorias – são abomináveis.
Ainda não há muito uma escola (omito o nome propositadamente) organizou uma visita de estudos com um duplo objetivo: promover a igualdade de géneros; sensibilizar os alunos para as diferentes orientações sexuais. Os participantes, ou seja, cada aluno, deveria contribuir com 0,50€, em benefício da Associação LGBTI.
Não sei se há mais coisas deste género. Mas se precisarem do endereço de algum pobre, ou de alguma instituição de caridade, por favor, tenham a bondade de falar. Afinal, sempre há formas «diferentes» de se empregar bem o dinheiro!
Ainda que a vontade seja de chorar, e como antídoto a isso, cá fica uma anedota: um casal teve um bebé. A avó, toda excitada, telefona tentando saber: é menino ou menina? O pai (perdão, o progenitor 1), antecipando-se à mãe (perdão, ao progenitor 2), responde: «Bom, vamos deixar que a criança decida isso».
Reitero o maior respeito por todos. Mas isso não terá que significar seguidismo do que não subscrevo. E não escondo que estou muito feliz por o meu pai ser meu pai e nunca ter sido outra realidade qualquer, por a minha mãe ter sido e continuar a ser a minha mãe, por ambos me terem dado irmãos e por todos, com carinho e sempre, os termos tratado por pai e mãe, enquanto nos assumimos com irmãos e irmã. Na família também conhecemos os tios e as tias, os primos e as primas, os avôs e as avós, todos agarrados ao seu estatuto, sem trocas nem metamorfoses, sem avanços nem recuos.
Já agora, Deus será sempre meu Pai; Nossa Senhora, a minha querida Mãe; e Jesus, o meu mano mais velho. A todos, reverentemente, peço a bênção!
Por favor, deixem os miúdos em paz. Deixem-nos ter pai e mãe, irmãos e irmãs, outros parentescos. Parem de lhes baralhar a cabeça. Parem de os confundir. Não lhe imponham minorias. Eduquem-nos no respeito, mas não sejam tiranos com eles, impondo-lhes o que eles não buscam, não buscaram, se calhar nem sonharam que pudesse existir. Não desfaçam a sociedade. Não desfaçam as famílias. Não desfaçam o coração, que vai muito para lá de progenitor 1 e 2. Em nome do respeito pelos “diferentes” não tentem amarfanhar a heterossexualidade, sob pena de destruírem a natureza, essa que tanto dizem cultivar.
Chega de derrocada. Existam todos os que querem existir. A gente respeita. Mas respeitem também os heterossexuais. Por estranho que nos dias de hoje isso possa parecer, também eles têm direito a existir. E mal de nós se assim não fosse!
Autor: José Paulo Abreu