O passado dia 22 de setembro foi o último de uma semana dedicada, a nível europeu, às questões da Mobilidade. Braga fez mais uma vez parte desta rede e o município, juntamente com algumas entidades externas, levou a cabo atividades no sentido da sensibilização, sobretudo junto dos mais jovens, para esta questão. Foi suficiente? Variadas serão as opiniões.
O argumento de que a Mobilidade deve ser algo a ser pensado e desenvolvido ao longo do ano é, na minha opinião, bastante válido desde que isso seja efetivamente uma realidade. Mas a Semana Europeia da Mobilidade é o momento ideal para reforçar essa necessidade junto da população. Apenas a título de exemplo, não respeitamos ou amamos os nossos pais apenas no Dia da Mãe ou do Pai, pois não? Fazemo-lo todos os dias (ou deveríamos), mas gostamos de os mimar um pouco mais naquele dia específico. O mesmo acontece com a Mobilidade.
Vivemos numa cidade que até há uns anos se orgulhava de permitir aos seus habitantes uma boa qualidade de vida, em grande parte associada ao pouco tempo dispensado nos percursos diários. O cenário foi-se degradando e temos hoje artérias fulcrais completamente estranguladas pelo trânsito, sobretudo em hora de ponta. Temos cada vez mais automóveis a entrar diariamente na cidade e a provocar engarrafamentos junto a escolas e serviços. Dispensamos cada vez mais tempo no trânsito quando o poderíamos canalizar a outras atividades mais produtivas e prazerosas.
Torna-se cada vez mais urgente a necessidade de estratégias de ação eficazes no sentido de contrariar o caminho em que nos encontramos atualmente, conjugando os esforços dos vários atores no campo da Mobilidade, sejam eles da área do ciclável, do pedonal ou dos transportes coletivos.
Autor: Marta Sofia Silva
Reflexão

DM
30 setembro 2017