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RACHEL KHAN contra “minorias” e extrema esquerda identitária

Rachel Khan um dia vencerá o Prémio Nobel? Francesa, Filha de Pai Professor Muçulmano Africano e de Mãe Bibliotecária Judia, deu uma entrevista à Revista Sábado. Aí afirma entre outras coisas: “As quotas tornam as pessoas prisioneiras da sua cor”. Enquanto a fuga de Rendeiro à Justiça Portuguesa ridiculariza a Pátria-Mátria; enquanto nos perguntamos a nós próprios quem vai ser o próximo fugitivo (Presunção de Inocência): Luís Filipe Vieira? Ricardo Salgado? O xico-esperto dos ferraris? Etc.. Ou os que assinaram um dos negócios mais ruinosos de sempre para as contas públicas: PPP’s, os contratos swap-permuta em nome do Estado ou as rendas para empresas energéticas? A continuarmos assim, depois de cinicamente “comemorarmos” no 5/10 o Regicídio do Rei D. Carlos e do Herdeiro, o Povo, de escândalo em escândalo, vai acabar por exigir um novo Salazar? Voltemos a Rachel Khan, a qual com orgulho, e bem, na sua pele escura, é uma escritora e actriz, ex-atleta olímpica e campeã de França e jurista que acaba de escrever um livro polémico com êxito brutal nas vendas: 'Racée' (Ed. Éditions de l'Observatoire, 2021). Aí defende que as minorias (ou as que se auto-julgam) têm por objectivo separar e destrutir a sociedade. Além de criticar muito as “quotas contra a discriminação”, as quais objectivam só dar força à extrema-esquerda que busca o fim da Democracia Ocidental tal qual a conhecemos no presente. Em entrevista ao espanhol NIUS, diz Rachel Khan (https://www.niusdiario.es/internacional/europa/entrevista-rachel-khan-identitarios-tienen-impresion-haciendo-revolucion-objetivo-separarnos_18_3122445344.html ): sou a antítese do vitimismo. Khan acusa os esquerdistas identitários de tentar(em) impor a sua verdade absoluta importando-a dos radicais dos EUA que usam a psicologia invertida com o fim, não de unir as pessoas, mas de as separar. A guerra cultural das pseudo-minorias que se tentam impor na sociedade com as suas verdades inquestionáveis e absolutas. São minorias obcecadas pelo poder, se necessário pela ditadura. Quando, diz Rachel, o que uniu os seus pais tão diferentes foi o Amor e a Liberdade! Rachel faz fortes críticas à União Nacional de Estudantes em França (UNEF) que “proíbe a participação de homens brancos”! Isto é racismo! Afirma. E ainda: eles pretendem se catalogar como vítimas pelo género, cor de pele ou religião, visando multiplicar o ódio e a separação para desconstruir a própria sociedade tal como a conhecemos. Rachel queixa-se que nos debates públicos os extrema-esquerda identitários usam a violência verbal e a agressividade para a insultar com base em dogmas de ignorância. Rachel que concorda que a raça é só uma, a Humana e mais nenhuma, diz que colocou o título de racé(e) no seu livro com duplo sentido humorístico. É para baralhar os seus adversários ignorantes, pois “todos temos muitas raças dentro de nós mesmos e todos somos parte da raça humana”. Ela acusa os identitários de não terem sentido de humor. Rachel acusa as Universidades de estarem a transmitir com o seu facilitismo uma profunda falta de cultura, de educação e conhecimentos. “Estão a criar pessoas perdidas que se agarram a dogmas falsos”. “Não pensam por si próprios e escondem-se de si mesmos”. Ao contrário dos ensinamentos de Sócrates, é o fim do diálogo, dizemos nós. “Aos identitários não interessa a unidade social, mas sim a vingança sistemática”. O Universalismo e Humanismo Franceses estão sob ameaça. A igualdade, liberdade e fraternidade é na prática violada pelos identitários. Rachel, nos seus trabalhos de campo como na Associação La Place, procura sempre deixar falar todos, ressaltando os pontos em comum. Os identitários buscam destruir a própria liberdade de criação na arte. A censura do “politicamente correcto”. Rachel diz que os Ciganos em França são de facto minorias verdadeiras, mas já não os Magrebinos ou Africanos que o deixaram de ser há anos. Rachel equipara o perigo das discriminações às ideologias identitárias. Uma guerra cultural com origem nos EUA.


Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira
DM

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8 outubro 2021