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Quem será, será…?

Escutando também aqueles que hoje, em oposição, vão criticando a “geringonça” encontrada, ao que parece, só para chatear os apeados vencedores da “PaF”, que andam estupefactos com a bonomia do, sempre otimista, Dr. Costa, por um lado e, por outro, desesperados por terem tido o Coelho na mão, deixando-o fugir. 

Bem como sobre se executivo e oposição na Autarquia bracarense desempenham fielmente, ou não, o papel que a cada um deles cabe sob o ponto de vista do enriquecimento do debate político para bem da cidade e dos seus cidadãos. Isto, porque as eleições Autárquicas se vão aproximando a passos largos. 

Pois bem, apesar do líder do “PSD” ter dito que já tem um candidato em vista para a C. M. de Lisboa – a forma secretista com que o fez, ao não revelar o seu nome, demonstra bem as dificuldades sentidas no processo de escolha. Porém, não menos difícil vai sendo a tarefa que os socialistas da capital minhota vão enfrentando para encontrarem um nome que os represente. Direi mesmo que andam periclitantes, para se decidirem por quem irá defrontar a atual liderança do Dr. Ricardo Rio, em Braga. Se a sua “ jóia da coroa” Palmira Maciel, ou se o atual deputado Hugo Pires. Contudo, há quem avance com a hipótese de uma figura “mistério”. Alguém de peso, capaz de unir a família socialista fragmentada e de, ao mesmo tempo, congregar os prováveis insatisfeitos com a gestão camarária atual. Afinal, uma figura ganhadora que se preste a uma desistência – posterior à vitória eleitoral – a favor de alguém que, neste momento, não oferece essa garantia. Mas quem será, será…? 

No entanto, tenho ouvido falar do regresso à ribalta da política autárquica do ex-presidente Eng.º Mesquita Machado. O que vem deixando animados muitos saudosistas, do chamado “mesquitismo” por verem, nesse eventual processo, a única hipótese de uma vitória do “PS” em Braga, no contexto atual. Sob o pretexto de que teria continuado a derrotar os “Juntos por Braga”, nas últimas eleições, caso não estivesse impedido de se candidatar pela lei de limitação de mandatos e porque fora feita a aposta no “cavalo” errado. Mas o que faz essa hipótese ganhar força é o facto de Rio não ter superado as espectativas a quem esperava mais dinamismo e menos visibilidade. Havendo uma espécie de namoro para convencer o ex-edil a aceitar o desafio.

Decisão, a meu ver, pouco plausível, uma vez que os bracarenses só lhe confiariam o seu voto se admitisse, firmemente, corrigir os erros e evitar as perversidades cometidas no passado, em muitos aspetos, penalizadoras. A não ser assim, não sei se não viria a acontecer, a Mesquita, o mesmo que ao falecido Mário Soares nas presidenciais de 2006, em que se ficou por uns, vexantes, 14,31%. Pelo que preferirá manter-se, certamente, no conforto de “dinossauro” que a cidade viu nascer e crescer, durante os 37 anos, continuando a usufruir do estatuto de ter saído pela porta grande. Ou seja, respeitado por algumas das obras que vão sendo proveito deste executivo. 

Neste impasse, em relação à escolha do candidato para o próximo ato eleitoral, acresce que nem mesmo os próprios responsáveis arriscam qualquer nome consensual entre os socialistas. Entretanto, já é dada como certa a formação da atual coligação que lidera a Câmara, com vista às Autárquicas de 2017. Arriscando dizer que, neste momento, existe um compasso de espera, como naqueles jogos de futebol em que as equipas se estudam mutuamente, para ver quem irá atacar melhor. Tudo depende dos avançados que estiverem em jogo: Se o presidente Ricardo Rio, cujo mandato os bracarenses julgarão, se o misterioso candidato do PS, seja ele Mesquita ou não. 


Autor: Narciso Mendes
DM

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23 janeiro 2017