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Que futuropara o desporto

Com as eleições legislativas do passado dia 6 de outubro, teremos brevemente em funções um novo governo que liderará os destinos deste país nos próximos 4 anos. Sempre que isto acontece é com inusitada esperança que qualquer cidadão espera o melhor do executivo quer nas suas próprias aspirações quer do bem comum de cidadania. Quanto à área do desporto, onde me encontro, também tenho expectativas no que o novo executivo procurará realizar sabendo que há muito para fazer. No entanto sabemos que será um governo de continuidade pelo que não deve haver grandes alterações significativas. No entanto debruçando-me sobre o seu programa o partido socialista, vencedor destas eleições, apresenta algumas ideias e de uma forma geral passam pela defesa generalizada da promoção da atividade física e do desporto como veículo de valores positivos e de inclusão, mas também por temas como a violência, a corrupção, ou o turismo desportivo, essencialmente associado à educação e saúde. A importância do desporto para uma vida ativa e saudável é um princípio de referência no seu programa, até porque Portugal não está bem posicionado entre os países da União Europeia, recordando o Euro barómetro de março de 2018, que coloca Portugal “entre os três países europeus com os piores indicadores de prática desportiva e exercício físico regulares”. Este executivo, que liderou na atual legislatura propõe-se “colocar o país no lote das quinze nações europeias com cidadãos fisicamente mais ativos, na próxima década”. Quer “elevar os níveis de atividade física e desportiva da população, promovendo os índices de bem-estar e saúde de todos os estratos etários”. A articulação entre o desporto e a escola é outra ideia transversal sendo a generalização da prática, ao longo da escolaridade obrigatória, até ao ensino superior, mas também com foco na articulação entre atividade física, desporto escolar e desporto federado. No que diz respeito à alta competição, o PS começa por definir como grande objetivo “afirmar Portugal no contexto desportivo internacional”, falando ainda em melhorar os programas de preparação olímpica e paralímpica e em desenvolver programas para a “retenção de talentos”. Quanto a infraestruturas, propõe-se “continuar a reabilitação do parque desportivo”, em articulação com as autarquias. Fala ainda na promoção de Portugal como “destino de turismo desportivo”, numa lógica de organização de “eventos de pequena e média dimensão”, como estágios, torneios ou conferências, etc., otimizando os recursos existentes e as condições privilegiadas deste país. A preocupação com a violência no desporto surge referida no seu programa. Defendem a “cooperação entre autoridades, agentes desportivos e cidadãos, com vista a erradicar comportamentos e atitudes violentas, de racismo, xenofobia e intolerância em todos os contextos de prática desportiva”, desde o desporto de base ao alto rendimento. Gostaria ainda de destacar a referência da “valorização do desporto escolar, através do aumento das verbas nacionais e mais apoios para os professores responsáveis pelo programa; Reforço do ”papel da disciplina de Educação Física e dos seus docentes e o aumento das bolsas para atletas olímpicos e paralímpicos”, são incentivos importantes para que possamos ter no futuro um pais mais ativo e fundamentalmente, saudável!..
Autor: Luís Covas
DM

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11 outubro 2019