Depois de um Inverno tão longo e chuvoso é difícil resistir aos primeiros raios de sol…
A pele é o maior órgão do corpo humano e, para além de possuir diferentes funções, é o revestimento externo que protege o nosso corpo dos agentes externos do meio ambiente, pelo que é importante preservá-la.
A radiação ultravioleta (UV) é uma das fontes de lesão da pele e, por isso, é fundamental conhecer os cuidados a ter para protegê-la.
Começando pelos protetores solares que existem sob a forma de creme, leite, baton, spray ou bruma, têm a capacidade de absorver e/ou refletir a radiação solar, impedindo que esta lese as células cutâneas. Classicamente dividem-se em orgânicos (químicos) e inorgânicos (minerais). Deve utilizar um protetor solar, de textura adequada ao seu tipo de pele, com fator de proteção igual ou superior a 30 e aplicá-lo 30 minutos antes do início da exposição.
É importante renovar a aplicação de 2h em 2h e após o banho, mesmo que o protetor seja à prova de água. Quanto mais fluido, mais vezes deve ser aplicado, particularmente nas zonas mais delicadas da face (regiões malares, nariz e lábios) e pescoço. Não use o protetor solar para prolongar o tempo de exposição ao sol.
Deve ainda usar um chapéu, de preferência de abas largas e uma camisa ou t-shirt de cor escura, que proteja o decote e braços, e seja de tecido não poroso. Relembra-se que uma t-shirt molhada no corpo pode deixar passar os raios UV. Além da pele, também deve proteger os lábios e olhos, aplicando um baton adequado e usando de óculos de sol, respetivamente.
As pessoas de pele clara, olhos claros, com sardas e muitos sinais, que queimam facilmente e têm dificuldade em ficar morenas, necessitam de cuidados redobrados. No entanto, o ser moreno e não ficar vermelho não é sinónimo de estar seguro.
A exposição solar deve ser lenta e progressiva, uma vez que a pele precisa de tempo para se adaptar. A exposição aos raios UV ocorre não só quando está na praia ou piscina, mas também na varanda, no quintal, na montanha, quando pratica um desporto ao ar livre ou faz uma caminhada.
Por este motivo, programe as atividades ao ar livre para a manhã ou fim da tarde,respeitando o chamado “relógio solar”: evite expor-se nas horas perigosas, ou seja, das 12h às 16h. As horas apropriadas são antes das 11h e depois das 17h, quando a nossa sombra é maior do que nós próprios– “sombra aumentada, hora apropriada”.
Nos dias de vento e nevoeiro, não se esqueça do protetor solar, uma vez que ”o sol é matreiro” e queima sem darmos conta. Como o reflexo dos raios solares também ocorre na neve, na areia, na água e na relva, estar à sombra de um chapéu de sol ou toldo não é suficiente para evitar os escaldões.
Consuma frutas, legumes e beba muita água, já que é importante para a proteção da pele e equilíbrio do organismo. Após a exposição solar, também deve hidratar a sua pele, através da aplicação de um creme ou loção.
Mantenha os bebés longe do sol e ensine a proteção solar às crianças desde muito cedo. Até aos 3 anos de idade, deve utilizar protetores solares minerais, com fator de proteção 50. No entanto, no primeiro ano de vida, as crianças não devem ser expostas diretamente ao sol, já que uma queimadura solar na infância duplica o risco de mais tarde se desenvolver um cancro de pele.
A exposição aos solários é expressamente desaconselhada, nem como preparação para a praia, já que acelera o envelhecimento da pele, aumenta o risco de cancro da pele e não é seguro, mesmo que usado com pouca frequência.
É importante conhecer a sua pele e efetuar um autoexame de 2 em 2 meses. Vigie o contorno, a cor e o tamanho dos seus sinais e caso surja alguma dúvida, não hesite em consultar um dermatologista.
Acima de tudo, invista na prevenção e proteção!
Autor: Filipa Almeida