De uma forma geral, as famílias portuguesas já recuperaram rendimento disponível em 2017, quer tenha sido através da reversão do corte salarial da função pública, quer do aumento do salário mínimo e até mesma pela redução da sobretaxa. Assim, consideram que é ainda importante poupar algum dinheiro ao final do mês?
A resposta é SIM, é POSSÍVEL e NECESSÁRIO poupar!
O mês de outubro terminou com a celebração do Dia Mundial da Poupança mas, se existem razões para festejar, existem também razões de sobra para relembrar a necessidade dos portugueses refletirem sobre um comportamento que se tem perdido nos últimos anos: a poupança!
Assim, deixamos aqui cinco conselhos para o ajudar a começar:
1. Comece por fazer um fundo de maneio
Não se atire de cabeça aos produtos com risco. Primeiro constitua um fundo de emergência: coloque o equivalente a seis salários em produtos de capital garantido facilmente resgatáveis, ou seja, com elevada liquidez (depósitos ou Certificados de Aforro).
2. Compare taxas
Procurar fontes de informação fiáveis e isentas; não se acomodar aos produtos do banco do costume; comparar sempre com outras soluções. Até mesmo em produtos simples, como depósitos a prazo, há diferenças significativas.
3. Diversifique as aplicações
Não colocar todos os ovos na mesma cesta é uma regra básica das finanças pessoais. Mais do que tirar proveito do potencial de vários produtos, o propósito da diversificação é a diminuição de vários tipos de risco.
4. Aceite apenas rendimento acima da inflação
Outra regra elementar é acompanhar o rendimento das suas aplicações e nunca aceitar remunerações abaixo da inflação, pois estará a perder poder de compra. Até nos depósitos consegue encontrar ofertas com taxas líquidas pelo menos iguais à inflação prevista (previsão de 1,4% para 2018).
5. Coloque uma parte a médio/longo prazo
Não coloque todas as suas poupanças em produtos de capital garantido, até porque as taxas estão muito baixas e as perspetivas de rendimento não são muito animadoras. Aplique uma parte, que pode ser menor, em produtos de médio e longo prazo, com maior potencial de rendimento, ainda que não tenham capital garantido (fundos de investimento, por exemplo).
Esperamos assim ter ficado esclarecida e dúvida do consumidor e que possamos também ter ajudado os restantes leitores.
Autor: Cláudio Salgado
Poupança

DM
5 novembro 2017