twitter

Pós-eleições

António Salvador, apesar do susto, venceu as eleições. Os sócios que votaram assim o decidiram. Recebe as minhas prolfaças pelo feito. Mantenho tudo o que disse sobre a sua gestão e sobre a sua forma truculenta de tratar os sócios e respeito quem tem uma opinião diferente da minha. A história se encarregará de mostrar quem tinha razão. 

Para António Pedro Peixoto que demonstrou a coragem de assumir um projeto diferente e de lutar contra uma estrutura montada há muitos anos, a caminhada vai continuar a fazer-se. Representa uma percentagem muito significativa de sócios, de sócios que vão continuar vigilantes e cada vez mais interventivos. Nunca tanto se discutiu Braga como nestes últimos meses. Fazia falta, vai continuar a fazer falta. Muitas das questões levantadas sobre a gestão de António Salvador continuam por responder. E se perder é sempre perder e não há eufemismo que contorne esta situação, continuar a lutar é marca de vencedor. Como dizia Salgado Zenha, “só é vencido quem desiste de lutar”. Sobretudo quando se sente que se pode fazer mais e melhor pelo seu clube e associados.

Terminado o bulício inerente ao ato eleitoral, é tempo de serenar os ânimos e de pensar em por efetivamente a cidade do lado do clube. As clivagens entre adeptos por força das suas diferentes preferências quanto aos candidatos a presidente do clube vão acabar por desaparecer. Apraz-me dizer que não perdi nenhum amigo. Provavelmente ganhei alguns inimigos, sobretudo na área daqueles que viram estas eleições como uma espécie de luta fratricida ao modo de Caim e Abel.

Move-me e moveu-me um único objetivo: fazer o que entendo melhor pelo SC Braga. Continuo a achar que são urgentes políticas de afeto que chamem a cidade a sentir o símbolo guerreiro. Cativar é o verbo que deve ser conjugado. Escolher a melhor forma de cativar deve ser a preocupação da direção do clube. O futuro tem que se fazer urgentemente agora. 

 Pelo terceiro ano consecutivo, os adeptos do Braga vão estar no Jamor. João Marques comanda a legião de guerreiras que vai tentar trazer a taça para a capital do Minho no próximo domingo. A expressão pejorativa “jogas à bola como uma menina”, começa a deixar de fazer sentido em Braga. O futebol feminino está a ser cada vez mais respeitado e há cada vez mais meninas a querer jogar. Num mercado essencialmente dominado por homens, as guerreiras do Minho estão a impor o seu nome no panorama futebolístico português.

Que no domingo não falte alma às nossas raparigas. A família braguista tem aqui aquela que pode ser a sua primeira grande reunião depois das eleições do clube. Que seja efetivamente uma festa. E já agora, que o vídeo-árbitro seja efetivamente eficaz. 


Autor: Ana Pereira
DM

DM

1 junho 2017