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Ponto por Ponto

Com inteira lucidez, reconheço que se nada fizesse – pedido de demissão – o país cairia inevitavelmente num pântano político” – António Guterres, primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002

Ponto um - O passado como lição - O pântano político guterrista com implicações óbvias nas realidades social, financeira e económica foi mais uma construção de incompetência governativa que fez regredir o país anos e anos no desenvolvimento sustentado. Naquele tempo, Guterres tinha tudo para dar certo na governação, pois recebera do governo cessante óptimas condições para entrar na carruagem da frente no que concerne ao desenvolvimento. Tinha também um ambiente económico internacional altamente favorável. António Guterres, boa pessoa e inteligente, mas um político incapaz e frágil, enrolou-se com as patetices socialistas da “distribuição gratuita” e do “diálogo” que nada resolvem e nada acrescentam para a construção de um futuro mais promissor. Estas incapacidades, não assumidas e nunca responsabilizadas, são a marca d’água dos socialistas, quando tomam conta das rédeas do poder. Os portugueses já se habituaram a estes desmandos e a outros disparates similares, mas por incrível que pareça ainda há uma boa fatia do eleitorado luso que nada aprendeu com estas brincadeiras distributivas e lhes dão ainda alguma margem de credibilidade. Os socialistas são, de facto, peritos em criar problemas no presente e armadilhar o futuro. Armadilham esse futuro com mais despesa pública, com mais endividamento e colocam a carga fiscal ao nível do insustentável.

Ponto dois - Depois do pântano guterrista, apareceu a bancarrota socrática. Era inevitável! Se o pântano fez recuar o país anos, a bancarrota fez recuar décadas, com todo o rol de problemas associados que afectou salários e pensões das pessoas; tornou a dívida do país impagável e forçou muitos jovens quadros a emigrarem; levou a recessão económica a 3% e o défice público bateu a fasquia de 11,2%. Degradou a imagem do país, dando-lhe um figurino “dos copos e das mulheres” e apressou a deslocalização de empresas. Este cenário recessivo obrigou a intervenção do FMI e da União Europeia que nos impuseram um programa de austeridade severa para remediar o problema criado pelo resgate socrático.

No momento, o principal actor desta “trágico-comédia” está a prestar contas à Justiça por crimes graves cometidos no seu mandato como primeiro-ministro contra o país. Até o cofre da mãe (?) com cinco milhões de euros não escapou às unhas deste depravado. No campo da Justiça, Sócrates merece ser julgado com todo o rigor. Os esquemas do corrupção têm que ser deslindados e os portugueses merecem ser devidamente esclarecidos.

Ponto três - O presente como reflexão - Depois do pântano guterrista e da bancarrota socrática o que nos esperará agora com o dr. Costa, ex-governante do pântano e da bancarrota? Experiência, nestas tristes histórias de governações falhadas, o dr. Costa tem que chegue.

Depois da brincadeira gerinconcista, o governo em funções está a entrar em desnorte. Sinais preocupantes de alerta não faltam na cena política lusa para colocar o cidadão de sobreaviso e para que cada um se acautele, pois entrar no jogo dos facilitismos é perigoso.

Assim, o SNS está gravemente doente e em vias de entrar em coma. A lista de espera para cirurgias e para consultas de especialidade atingiram números inacreditáveis. As dívidas aos fornecedores e às farmácias sobem sem parar. Só em Setembro, os hospitais públicos acumularam mais de 650 milhões de euros de dívida, sendo esta dívida o valor mais alto do ano.

As Forças de Segurança vieram recentemente para a rua se manifestar, exigindo condições de trabalho, mais equipamentos, revisão salarial entre outras reivindicações. O desconforto atinge também os militares, o pessoal auxiliar das escolas. Problemas bancários - Montepio e Novo Banco - ganham corpo. E a TAP? A juntar a tudo isto, temos o crescimento económico a decair ano após ano e o endividamento público e das pessoas a subir estrondosamente.

Será que caminhamos para um novo resgate?

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Sinais preocupantes de alerta não faltam na cena política lusa para colocar o cidadão de sobreaviso e para que cada um se acautele, pois entrar no jogo dos facilitismos é perigoso.


Autor: Armindo Oliveira
DM

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1 dezembro 2019