O país vive num tremendo equívoco: o governo é um equívoco de uma democracia manietada pela endogamja, pelos interesses grupais e por arranjos de ocasião; a economia é um equívoco de um tempo de crescimento global e que, por aqui, se arrasta em números rasteiros sem resolver problemas de melhores salários e de saltos qualitativos na vida das pessoas; a finança é um equívoco marcado por elevado e contínuo endividamento, por desmesuradas cativações, por juros negativos para iludir os endividados e por uma carga fiscal brutal. Nem com este cenário político-económico irrealista em vigor, o país tem sido capaz de produzir valor e de estancar a medonha pobreza que vai galopando sem freio; a Justiça é um pesado equívoco, mergulhada e enredado em mega-processos que impedem que os “colarinhos brancos” sejam julgados com justeza e celeridade, para não falar em prescrições, figura jurídica vergonhosa. A impunidade, agora aparentemente menor, continua acampada num ministério incapaz de enfrentar a grande corrupção que asfixia a dignidade de um país, destrói a economia, castra a liberdade dos cidadãos e fragiliza a funcionalidade do sistema político; a Saúde é um equívoco surrealista e fatal para todos aqueles que esperam meses ou anos por uma solução satisfatória para os seus males, quer a nível de consultas, quer a nível de cirurgias. Só em 2018 morreram 2600 que esperavam por uma cirurgia ou por um tratamento adequado. Um facto irracional e só próprio de um país miserável e sem respeito pela vida e dignidade das pessoas.
Ponto um – Crescimento pífio – Com a economia a crescer “poucochinho” (1,7%) e a produtividade fasquiada por baixo, só dá mesmo para os governantes debitar gabarolices sem nexo e extemporâneas. “Valeu a pena” – diz o dr. Costa como resumo da sua governação. Será que valeu? Tudo poucochinho à sua imagem e em linha com a sua postura. O incrível, é que, o dr. Costa acalenta a ideia perversa de obter uma maioria absoluta! Em que país estamos nós?!
Ponto dois – Mais equívocos e de peso –O primeiro refere-se ao número preocupante e abismal de gente miserável que vive abaixo do limiar pobreza. O segundo, a desmesurada e incontrolável dívida pública (255 mil milhões de euros!) que asfixia a aspiração de um povo a uma vida mais tranquila e com outros horizontes. Ainda nos dizem que temos uma almofada financeira de cerca de 20 mil milhões (?). Almofada? Qual almofada, qual carapuça! Como é que há almofada, se todos os meses, o governo vai ao mercado buscar milhares de milhões de euros emprestados? Como se entende isto?! É preciso ter lata!
Ponto três – Pobreza democrática – Já são mais de 2 milhões e 200 mil pobres que “enfeitam” as contas certas de um governo que se especializou em criar ilusões e embustes. Uma afronta à dignidade das pessoas e ao futuro de um país. Esta tendência de subida de número de pobres está em linha com a vocação natural dos socialistas na governação que é adensar os problemas, esbanjar recursos financeiros e distribuir o que não existe. Foi o que fizeram Mário Soares, António Guterres e Sócrates, quando tomaram as rédeas do poder. E os resultados foram bem explícitos como todos sabemos. Agora com o número dois de Sócrates à cabeça de uma coligação negativa, os socialistas tentam dar às Finanças uma imagem e um conteúdo de rigor, apresentando ”contas certas” e o défice mais baixo da democracia para lhes configurar sucesso. Qual sucesso? Da elevada pobreza e da elevadíssima dívida?
Ponto quatro – Gabarolices – As coisas na realidade não são assim tão lineares e tão espampanantes. Os socialistas nunca souberam pôr “as contas certas” com normalidade e eficiência. Empurrados por exigências impostas pela UE (austeridade), fazem cativações a torto e a direito, agravam a carga fiscal, cortam no investimento público, degradam os serviços públicos e aumentam a dívida para ter algum dinheiro na tal almofada de Centeno. Desta maneira, e com a complacência da comunicação social adestrada, qualquer um governa e pode até apresentar resultados que se manifestam em verborreias e muitas ilusões.
Ponto cinco – Dívidas – Continua, mês a mês, a bater máximos históricos. À outra, a dívida do país, não financeira, já se lhe perdeu a conta. Fala-se em qualquer coisa como 735 mil milhões de euros. Assustador?! Inacreditável?! As dívidas não se pagam. Geram-se. Dizem eles!
Não é que todos os meses o governo pede emprestado à volta de 1250 milhões de euros! Quem vai pagar esses empréstimos? Que rica herança estamos a deixar para os nossos filhos, netos, bisnetos e quem venha a seguir! E com os socialistas no governo, não há volta a dar. É assim!
Autor: Armindo Oliveira