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Ponto por ponto

Unidos venceremos. Divididos cairemos” - Esopo, escritor e fabulista da Grécia Clássica (620-564 a.C.)

Ponto um - Rui Rio ganhou mais uma vez as eleições aos seus opositores numa disputa interna. Com esta vitória, Rio reforçou, claramente, a sua liderança, oxigenou a sua determinação em ser primeiro-ministro e relanceou o partido para a necessária mudança de políticas a âmbito nacional. Políticas que são urgentes incrementar e executar, dada a decrepitude deste governo.

No seu discurso de vitória, bem conseguido e realista, Rio apontou a direcção certa e as linhas mestras que possibilitarão virar a página da estagnação económica e social em que o país está mergulhado. A baixa de impostos, o apoio às empresas para haver mais riqueza e melhores salários e conter a escalada do endividamento são, digamos, os três pilares fundamentais para se inverter o estado comatoso do país. Portanto, há que mudar de capítulo. E ponto final parágrafo.

Ponto dois - Depois de mais um pântano político criado pelos socialistas e pelos extremistas, tinha que ser, é tempo, agora, de se pegar o “bisonte”, do desperdício e da propaganda estéril, pelos cornos. É preciso mesmo dar outro enfoque e abrir outro horizonte aos portugueses. Um horizonte desanuviado, realista e, se possível, empolgante. Chega de se viver em crises contínuas e enrodilhadas e de se governar no fio da navalha. De se estar à espera de “bazucas” ou de outros subsídios por sermos considerado um país periférico e pobre. É tempo de mostrar à União Europeia que temos cá gente de confiança e suficientemente capaz para cativar investimento estrangeiro em grande escala para este ser um dos motores de alta cilindrada no desenvolvimento sustentado. Mostrar que temos gente qualificada e determinada para criar outro élan e para se dar esperança efectiva a este povo, em que uma boa fatia continua a comer o pão farelento que o diabo amassou.

Ponto três - O tempo é, efectivamente, de juntar vontades. De arrumar a casa e de expandir a mensagem que Portugal tem potencial para uma nova lufada de ar fresco. É tempo de chamar todos. Mesmo todos. Todos aqueles que estão completamente disponíveis a dar o seu melhor na construção de um país mais justo e mais responsável. É tempo de se unir esforços e de deixar as quezílias de lado e congregar vontades de levar a empreitada do crescimento económico a bom porto. Rui Rio não pode, nem deve descartar ninguém desta exigência de se inverter o trajecto do pântano. É tempo de relevar a iniciativa privada, as suas boas práticas, e reconhecer o papel fundamental do empreendedorismo na vitalidade do tecido empresarial. É tempo do funcionalismo público deixar de ter aquela auréola negativa que, por vezes, arrasta de uma forma injusta e possa dar o seu contributo na valia dos seus serviços numa dinâmica positiva e global. É tempo de Portugal ser um país a sério, com políticas sérias, com governantes a sério.

Ponto quatro - Compete agora a Rui Rio aproveitar e potenciar esta onda de esperança na direcção certa, na afirmação clara do país no contexto europeu e mundial. Compete agora a Rui Rio tomar esta responsabilidade e dizer abertamente: “o país pode contar comigo”. “Eu estou pronto para criar melhores condições de vida, para que não tenhamos de “exportar” mais a nossa juventude, a melhor geração, e perdermos este sangue novo que tanta falta faz no equilíbrio social e na dinamização da nossa economia.

Ponto cinco - O tempo urge. A vitória legislativa de 30 de Janeiro poderá estar no horizonte de um tempo de mudança. É preciso uma mudança efectiva sem propaganda e sem ilusões. Voltar ao mesmo, não! Temos que acreditar que Rui Rio é capaz.


Autor: Armindo Oliveira
DM

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5 dezembro 2021