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Ponto por ponto

Que saúde política terá esta esquerda depois da “borrada” de ter chumbado o Orçamento de Estado? Será assim tão irresponsável que não se apercebeu que as crises económica, social, sanitária, entre outras se enrolariam e causariam ainda mais estragos na vida das pessoas?

Ponto um - Costa e (sem) companhia - Como de costume. O país entrou no charco político: o tal charco socialista. Já bem conhecido. Daí, duas consequências imediatas que advirão, associadas à imagem degradante que passou para o exterior: as dificuldades aumentarão para as pessoas de um modo geral; Portugal quedar-se-á cada vez mais no lugar da cauda da Europa.

Os extremistas, motivados pelo desespero eleitoral autárquico, desligaram o “botão de pânico” na aprovação do Orçamento de Estado. Insurgem-se, agora muito incomodados, contra este comando de gente incapaz, de gente sem sentido de Estado (?), de gente que não olha, nem sente o esforço das pessoas. E por razões imperceptíveis, os “charqueiros” procuram ainda a honraria de voltarem ao poder. Por isso, as eleições de 30 de Janeiro são demasiado importantes para haver uma mudança de políticas, de dinâmicas e de protagonistas. Muita coisa terá que mudar para fazer avançar o país e para recuperar a imagem perdida. Muita coisa vai ter que mudar. Mais do mesmo, não!

Ponto dois - Era expectável! - Os “fait divers” do socialismo luso vão ficar, mais uma vez, carotes. A tempestade já vinha enrolada há tempo demais. Só não via o que se passava quem tinha palas. Quem tinha horizontes curtos. Quem era submisso. Quem se negava a viver no mundo real. Esta “geringonçada espampanante” de seis anos - PS, PCP, PEV, BE - teve o desfecho previsível. Escangalhou-se. Escangalhou-se de uma forma ruidosa, triste e feia. E com lamentos à mistura. É caso para se dizer linearmente: “o que torto nasceu, torto morreu”. Nem mais! Ainda há quem a queira ressuscitar! Para quê?

Ponto três - A esquerda e o bem-estar - Em parte alguma do mundo se vê a esquerda, aquela esquerda radical ou a radicalizada, a governar com qualquer sucesso ou provocar bem-estar por mais propaganda que faça. Incrementam medidas aparentemente generosas, é verdade, mas deixam, por via disso, um rasto de despesa pública e de debilidade económica que fazem, mais tarde, abanar “o pote da massa” do país que se reflecte em mais endividamento e em mais défices. Basta estar atento à dinâmica social e ter a noção mínima da realidade para perceber que os caminhos do futuro ficaram, mais uma vez, bloqueados e bem armadilhados.

Ponto quatro - No mundo real - Ninguém governa o seu dia-a-dia, a vida das suas famílias, das suas empresas da forma leviana como esta gente do governo faz no país. Na governação socialista perde-se completamente a racionalidade e só se pensa na distribuição com o dinheiro emprestado. A colocação dos seus “rapazes” nas instâncias do Estado para o controlar vem a seguir. A procura da popularidade e dos votos também figuram na agenda socialista. O poder socialista exige aumento de impostos; obriga a criação de “criaturas” dependentes inteiramente do Estado e um serviço fidelizado às causas do partido. Como medida retaliatória, aposta no afrontamento metódico aos adversários e não morre de amores pela iniciativa privada. Em contra ponto, protege os seus “apaniguados” e quem o serve diligentemente.

Isto é incontornável: a geringonça quis controlar os comportamentos das pessoas pela rotulagem e pelo medo. Quis impor uma linguagem incomodativa e anti-cultural. Em todos os campos, foram longe demais. Por isso, é tempo de arrumarem as botas e de se porem ao fresco.

Ponto cinco - Seis anos - Número maldito para os socialistas. Seis anos de Guterres levaram o país para o pântano; seis anos de Sócrates levaram o país para mais uma resgate; seis anos de Costa empobreceram o país. Portugal, com os socialistas, tornou-se presa fácil e muito dependente dos fundos europeus. Seis anos de Costa foram seis anos de ilusões. Seis anos de embustes. E agora chegou-se a um ponto crítico de crise que irá aprofundar ainda mais as dificuldades, comprometer seriamente a desejada recuperação económica e a sarar a necessária reputação nacional. E para rematar com algum dramatismo, chegou-se ao ponto extremo de que os partidos da geringonça apunhalaram a própria geringonça. Uma coisa do arco-da-velha!


Autor: Armindo Oliveira
DM

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21 novembro 2021