“As pessoas perguntam: qual é a diferença entre um líder e um chefe. O líder trabalha a descoberto, o chefe trabalha encapotado. O líder lidera, o chefe guia”. Franklin Roosevelt - advogado e político norte-americano que foi o 32. Presidente dos EUA - (1882-1945)
Ponto um - Há quem ache muito piada à forma “habilidosa” como o dr. Costa governa este país. Há quem se desfaça em elogios com a estratégia que o dr. Costa usou para manietar os extremistas do BE e do PCP. Há quem rejubile com os “sucessos” governativos do dr. Costa. Há quem afirme que o dr. Costa é um ás na política.
Estes panegíricos só acontecem por termos uma sociedade acrítica e culturalmente fraca. Uma comunicação social falida e, obviamente, dependente de subsídios. Um líder da oposição muito cordato e um país socialmente pobre. Uma democracia abstencionista e sectária.
Não fosse isso, os sucessivos “escândalos”, as palavras ditas a despropósito e a falta de eficácia na resolução efectiva dos problemas das pessoas e do país já teriam provocado erosão suficiente para colocar o dr. Costa na prateleira dos governantes falhados. Neste enrolamento, a factura ideológica há-de chegar com toda a certeza. E bem pesada!
Ponto dois - Todos recordamos a forma esdrúxula como o dr. Costa “roubou” o poder a quem o ganhou nas urnas. Este golpe aquilata bem o timbre deste governante que não olha a meios para ter o poder. Diz tudo e o seu contrário num instante. Promete até se fartar para depois nada fazer. Qual foi a obra que realizou nestes seis anos de governo? Sim, qual foi?
Na política lusa vale quase tudo, mas não pode valer tudo. A campanha autárquica desnudou por completo a magnificência deste actor político, confundindo os cargos de Estado com o do partido com todo o desplante do mundo.
Ponto três - Como tem governado o dr. Costa este país? Segundo os entendidos na matéria, este político limitou-se a conduzir a “nau” na linha de costa. Sem arrojo e sem significado. Palavroso, com cativações e sem investimento público. A gerir as benesses recebidas do governo anterior. Agora, limita-se a seguir a gestão diária e com promessas para todos os gostos. Valoriza o que lhe convém, mesmo que seja coisa pouca e desvaloriza o que não lhe convém. Pequenos avanços económicos, mercê da conjuntura internacional, potencia-os. Problemas sérios de governação minimiza-os e deixa-os cair até que o tempo os apague da memória fraca dos portugueses. Outra particularidade: governa através das sondagens e de pareceres bem orquestrados por equipas especiais de correligionários - os “focus group” - que o vão guiando nas políticas a incrementar. Quando mete o pé na argola ou quando as coisas não correm bem “moita caneco”. Ou seja, não abre a boca durante uns tempos para ver se a coisa passa.
Ponto quatro - Pergunta-se: O país está melhor ao fim de seis anos de governação? Está mais igual e mais justo? Está mais capaz e preparado para competir e de ombrear com os nossos concorrentes directos? Está mais desenvolvido, mais industrializado, mais moderno? Como está a saúde da dívida nacional? O crescimento económico terá amarras suficientemente sólidas para gerar emprego de qualidade e para criar riqueza? A demografia está a inverter a tendência degradante que se tem verificado no país há alguns anos?Tem havido medidas eficazes para combater o despovoamento do Interior? Qual é a visão do dr. Costa para o país a médio e a longo prazo? Valeu a pena, em suma, executar o golpe governativo de 2015?
Ponto cinco - A resposta a tantas questões pertinentes é óbvia e claramente negativa. O dr. Costa baseia a sua governação em debitar muita propaganda, em bazucadas de promessas, muita desvalorização dos casos sérios e muita irresponsabilidade na gestão. E no embuste socialista, o país caminha docilmente para a cauda da Europa. Já estamos lá perto. Para encenar o quadro idílico, os cidadãos nacionais são convidados a entrar “à força” para o socialismo. Isto é, para o empobrecimento e para mais despesa pública. E obviamente, para mais impostos, quando a outra via, mais racional e mais coesa seria a das reformas, da competitividade e da produtividade. Ou seja, da liberdade económica, que significa melhor qualidade de vida, respeito pela propriedade privada e pela livre iniciativa. E, claramente, para mais dignidade social.
Como ponto final, temos um “chefe” a governar e não um líder. Por isso, Portugal está no patamar dos países pobres e nas mãos “amigas” do BCE e da UE, como um protectorado.
Autor: Armindo Oliveira