“Aquele que tudo julga fácil, encontrará muitas dificuldades”. Lao-Tse - escritor e filósofo da antiga China. Também o fundador do Taoismo.
Ponto um - Dedicar estas linhas a Pedro Nuno Santos (PNS), ministro das Infra-estruturas do governo do dr. Costa, é uma tarefa anómala e nada estimulante para um cidadão que se habituou a vê-lo dependurado numa linha extremista e sem novelo para o enrolar. PNS é um político que se trabalhou nas hostes das “jotinhas” do PS para um dia poder disputar lideranças. E o certo, é que conseguiu impor-se no seu partido, não pela sua qualidade técnica e científica, académica ou empresarial, mas pela truculência desbragada com que expõe as suas ideias. E que ideias?! É um político do tipo labaredas que tem sempre a mecha perto do fogo para o atear, independentemente das condições que possam existir para o fazer.
A sua pegada política está bem impressa nos seus ditos, no seu semblante crispado e nas suas atitudes. Não se incomoda de ser incómodo e inconveniente. Até lhe dá jeito.
PNS é um militante socialista, embora tenha laivos claros de extremista, mais consentâneo com o alinhamento da facção bloquista, só que no PS poderá ter futuro político. Na facção extremista ficaria a ver esse futuro político por um canudo. PNS é dos tais que quer dar “um passo maior que as suas pernas”. Quer ser mesmo o número um.
Ponto dois - O tempo político no país está demasiado nublado para se poder espreitar para além da linha ténue do horizonte construído pela “esquerda”. PNS sabe que a situação de crise social, económica e financeira corre um pouco ao sabor das suas pretensões. Quanto mais dificuldades existirem no país, mais razões de se engalanar tem, ao imputar à direita, “inimigo público” todos os malefícios do país. Um dos seus alvos preferidos é o ex-governo de Passos Coelho que o acusa de tudo e de mais alguma coisa. A direita é a culpada de todos as maldades do país. Esta narrativa ainda tem ouvintes. E asseclas. O seu desplante e sectarismo não têm limites.
Ponto três - PNS é o político da geringonça. Foi ele o mediador, para que os extremistas do PCP/PEV e do BE baixassem a crista e engolissem sapos para viabilizarem um governo de um partido minoritário que foi estrondosamente derrotado eleitoralmente em 2015.
Este político não conseguiu aprender nada com o passado. A sua arrogância é tamanha que não é capaz de vislumbrar o ridículo das suas afirmações e intervenções políticas. Julga-se o baluarte da esquerda nacional e o destruidor das políticas “atrozes” da austeridade. PNS é hoje o modelo a seguir pelos jotinhas do seu partido.
Ponto quatro - A célebre tirada contra os credores não lhe serviu de lição, nem de emenda. Talvez por imaturidade ou por irresponsabilidade. O “franganote” socialista deu-se à grotesca ideia de querer pôr as pernas a tremer aos banqueiros alemães ao ameaçá-los não pagar a dívida. Atitude insensata e demasiado exótica para um “líder” que pensa mais com a língua do que com a massa cinzenta. Este extremista socialista vociferou contra os credores como tivesse o rei na barriga ou como se o país tivesse meios financeiros para honrar os compromissos. Não satisfeito com a tirada aos alemães, repetiu, agora, a “graça”, quando quis afrontar o “chairman” da companhia da “Ryanair” a propósito do financiamento estatal desmesurado à TAP.
Ponto cinco - A “novela” da TAP foi uma insuportável calinada deste governo. Foi uma das contrapartidas pagas aos extremistas. A situação desta empresa de “bandeira” (!) está e vai provocar rombos pesados às debilitadas finanças nacionais. Em 2020, a TAP “comeu” mais de 1200 milhões de euros e já se prepara para receber mais de 970 milhões em 2021. E não ficará por aqui. A TAP é um bueiro que engole recursos em cima de recursos. Quanto mais dinheiro lá se puser, mais trucidará. Esta empresa não tem viabilidade económica.
Quem diria que PNS iria fazer despedimentos colectivos? Onde está a coerência? E a responsabilização? E a capacidade de resolução? Quem, afinal, vai pagar esta trapalhada?
Autor: Armindo Oliveira