Por iniciativa pessoal e em conversa com bracarenses anónimos, amigos e conhecidos, procurei inquirir para medir o envolvimento dos cidadãos residentes com a vereação da sua autarquia, incluindo a presidência em matéria de conhecimento, com base apenas em duas questões centradas no conhecimento da pessoa e no seu desempenho, supervisão do pelouro e grau de satisfação. Obtiveram-se respostas várias, muitas delas surpreendentes.
Na listagem, quase por unanimidade, o vereador mais “apagado” ou desconhecido, é Miguel Bandeira. A maioria das pessoas abordadas nem sequer sabia que existia um pelouro municipal alocado ao tratamento de assuntos com a regeneração urbana, relação com as universidades, urbanismo, planeamento e mobilidade. Em segundo lugar, vem Sameiro Araújo, mais conhecida pelos interlocutores como uma personalidade ligada ao atletismo. Beneficiou de algum reconhecimento de destaque pelo trabalho feito na conquista da vinda da Volta a Portugal em bicicleta. No entanto, teve “nota negativa” no que toca ao Associativismo. Quanto à Saúde e Bem-Estar, não aparecem sinais evidentes de impacto público. Perguntou-se se conheciam o vereador Altino Bessa.
A resposta foi afirmativa. O responsável municipal pelo ambiente, energia e desenvolvimento rural foi eleito como uma pessoa dinâmica na disciplina e defesa nos espaços de zona verde, mas foi apelidado de apático quanto à manutenção dos canteiros espalhados pelas artérias da cidade. Quase poucos conheciam Firmino Marques como vice-presidente da autarquia. A maioria lembravam-se dele como um bom líder da Junta de Freguesia de S. Victor. Quando se listou os pelouros da sua responsabilidade, as críticas de desagrado foram quase todas em velocidade para a Polícia Municipal.
A campeã da satisfação recaiu na vereadora Lídia Dias, apesar de não ser presença nos holofotes da evidência, os entrevistados, confirmam que a capital do Minho tem marcado a diferença no plano cultural e de educação. O único senão referenciado foi a implementação de mais animação de rua em períodos fora do contexto festivo ou enquadrados na agenda de programação cultural.
O presidente da Câmara também fez parte desta “análise”. Tem nota positiva como uma personalidade que deu uma volta de 360º à cidade de Braga. Sem política de betão, conseguiu com êxito promover o bom nome e a imagem bracarense fora e dentro do país. Sucintamente estimulou com outra envergadura um marco histórico de uma cidade regenerada, jovial, atractiva e classificada como a melhor com qualidade para viver em Portugal. Reconhecem-no como um autarca muito perto das pessoas e uma personagem de corpo e “alma” a zelar os interesses do concelho a que preside e dos bracarenses. Há pequenas contradições e referências opostas, mas longe de ter nota negativa.
Fica-se com uma sensação de que as respostas dadas a este micro “estudo” traduzem falta de informação no que diz respeito ao trabalho desenvolvido pela presente vereação autárquica de Braga, uma equipa que, em comum, conseguiu levar a cidade, segundo o “Eurobarómetro”, a ocupar o 3.º lugar na Europa e o 1.º em Portugal, com 97% dos seus habitantes satisfeitos num universo de 200 mil residentes, como um excelente zona para se viver.
Autor: Albino Gonçalves