Com os fulgores do Natal a dissiparem-se, é justo recordar um vocábulo assaz vivido e pronunciado nesse belo e nobre tempo: PAZ.
Temos viva a exclamação angélica no Nascimento do Redentor: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados. O Natal é sempre duma vivência exuberante desse fenómeno da paz.
Paz é alegria. É amor. São abraços e mãos que se apertam. É um pouco de paraíso.
A mensagem da paz é para ser vivida e proclamada. É necessário construi-la sempre, pois é luz que se apaga se não for alimentada.
O inimigo principal da paz é a guerra e o terrorismo. É o fundamentalismo religioso que não admite formas diferentes de praticar a religião.
No início dum novo ano é necessário abrir caminho para a paz, a amizade, o perdão; e a abertura à solidariedade em relação aos mais débeis da sociedade.
A causa da paz deve mover-nos sempre, não só nas relações sociais, mas também na nossa fé cristã, na oração. Pois trata-se duma grande intenção.
Não devemos esquecer a base da paz: a justiça, como afirma a Escritura: “A paz é obra da justiça”. É necessário respeitar os direitos humanos nas diversas relações sociais: de trabalho, comércio, contratos, deveres familiares.
Um dos males é o ócio e a fuga ao trabalho, quando há possibilidade de o encontrar e executar.
Outra definição: “Paz, fruto da ordem”. Quando há ordem na vida quotidiana das pessoas, das famílias e da sociedade, há bem-estar, alegria e paz.
Não podemos esquecer as sombras negras do terrorismo que têm pairado sobre certas regiões do globo terrestre. Recordamos, por exemplo, um País com origens cristãs, a Síria, assolada por bombardeamentos frequentes às pessoas e habitações. As imagens que nos chegam pela TV são horríveis: cidades inteiras destruídas, pessoas mortas aos milhares, uso de produtos tóxicos, como gás sarin, cianetos, etc., nos bombardeamentos. Apesar de proibidos pelas instâncias internacionais, continuam a ser utilizados frequentemente.
Esses agentes venenosos levam à morte por asfixia as pessoas, no meio de sofrimentos horríveis.
Ao presidente sírio, Bashar al-Assad, atribuem as estatísticas cerca de 1 milhão de mortes, a maior parte inocentes, pelos bombardeamentos constantes. Continua incólume sob a proteção da Rússia, provavelmente fornecedora desse material bélico.
Este caminho desregulado pode conduzir, mais cedo ou mais tarde, a calamidades ainda maiores. Na posse de material nuclear em larga escala, pode surgir uma deflagração não só local, mas até mundial. Será o fim!
Graças a Deus, Portugal tem sido um País de paz. Não tem sido vítima de ataques mortíferos, nem se envolve na guerra contra ninguém. É um País procurado cada vez mais por populações ansiosas de paz, bem-estar e progresso. País dotado de magnífico clima.
Deus continue a proteger-nos e a livrar-nos do inferno da guerra e do terrorismo.
Autor: Manuel Fonseca
Paz na Terra

DM
12 janeiro 2018