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Partido Social Democrata, um ninho de víboras?!

Quando as coisas correm para mal ou se encontram numa situação longe do poder, manifestam-se, ingratos, sempre ingratos e mal agradecidos contra aquele ou aqueles que os ajudaram a ter pedigree político, a usufruírem das suas regalias e a passearem as suas vaidades. É triste assistir ao jogo político dos bastidores que se desenvolve no PSD. Já não bastava a comunicação social estar empenhada em queimar descaradamente Passos Coelho. É surreal isto acontecer numa imprensa livre.  Já não bastava o PS, usurpador do poder, a querer achincalhar o líder do PSD.

Agora, está aparecendo o baronato do partido, alguns com um linguajar saloio e com ideias estapafúrdias e mirabolantes, a exigir a clarificação da liderança através da realização de um congresso que neste momento só serviria para lavar roupa suja e fazer aparecer figuras dúbias na ribalta político-partidária.

O PSD sempre foi um ninho de víboras. A palavra gratidão neste partido não existe. A palavra respeito não existe. A palavra solidariedade não existe. É um partido, com um frentismo a barrar a idiotice, sem valores, sem ética e sem princípios. É um partido que perdeu o norte e o rumo. É um partido que conquista a “paz” interna com a distribuição de mordomias aos seus barões.

Parece impossível como este baronato de dirigentes que está atabalhoadamente a emergir, não percebeu que Passos Coelho cometeu o pecado mortal de resgatar o país do incumprimento e da humilhação da bancarrota. O baronato não percebeu que Passos Coelho fez um trabalho deveras meritório na governação, colocando o país na rota do financiamento, dos juros baixos (2,2%) e da sua credibilizacão perante o BCE e perante os credores. O baronato não percebeu que Passos Coelho sempre aguentou estoicamente um “pedregulho maquiavélico” no seu Governo chamado Paulo Portas.

O baronato não pode esquecer a determinação e a coragem demonstrada por Passos Coelho no episódio lamentável da “demissão irrevogável” que o ex-líder do CDS protagonizou de forma irresponsável e demagógica, dizendo com todas as letras e com toda a dignidade que não abandonaria Portugal e que não se demitiria das suas funções, uma vez que o país estava em primeiro lugar.

O baronato, enfim, não pode e nem deve esquecer que Passos Coelho venceu, com classe, as eleições legislativas de 2015, apesar das medidas ultra gravosas impostos pela Troika a um povo já debilitado socialmente, motivadas pela governação criminosa de José Sócrates, acompanhado por um partido amnésico e que se mostrou conivente em todo o processo de bancarrota, sem que tivesse manifestado o mínimo discernimento e hombridade de pedir perdão aos portugueses pelo desastre cometido. O baronato emergente não pode, nem deve esquecer esta realidade.

A realidade de um país que esteve de rastos a todos os níveis, com uma taxa de desemprego vergonhosa, com os jovens a zarparem para o estrangeiro em busca de trabalho e com um défice público de 11,2 por cento. Uma calamidade! Uma vergonha!

São homens do calibre de Passos Coelho que fazem falta ao país e às instituições. São homens desta têmpera, com coragem e determinados, que são capazes de provocar saltos qualitativos no desenvolvimento social dos países e são os garantes na afirmação positiva de um povo, cuja ancestralidade é dominada pela pobreza endémica e na sua culturalidade apresenta um défice extremamente frágil e deficitário. Além disso, somos um povo de medos, de sombras e de bajulações.

Passo Coelho não merece esta onda de contestação extemporânea e indecente da gente ingrata do PSD. Não me admirava nada de ver o baronato intoxicado com o seu próprio veneno. A ver vamos! O PS, sempre oportunista, deveria mostrar mais respeito pelo esforço dos portugueses e mais consideração pelo “trabalho sujo” feito com coragem por Passos Coelho. O país agradecia.


Autor: Armindo Oliveira
DM

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11 janeiro 2017