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Para bens

Ao longo da vida temos muitas razões para dar parabéns: pelos casamentos, nascimentos, batizados, sucessos no trabalho, licenciaturas, doutoramentos... aniversários.

Neste momento, convido-vos a acompanhar-me a viver a alegria do aniversário da nossa Mãe, pois, desde o início da sua vida, ela foi, e continua a ser, uma fonte de bens. Cada mãe, cada pai, é já de si um bem gerador de novos e inúmeros bens. Mas a nossa Mãe, esta a que agora nos referimos, nasceu há mais de dois mil anos e o seu aniversário, celebrado a 8 de setembro, convida-nos a meditar na imensidade dos bens, em número e qualidade que nos chegaram através dela. Sim, é na Virgem Maria que estamos a pensar. Porém, antes de entrar no tema, façamos um breve desvio.

A “Antropologia Linguística” é o ramo da antropologia que se propõe estudar o ser humano a partir da linguagem com que se comunica. Segundo um professor desta ciência, as palavras mais importantes são: “SIM” e “ALEGRIA”. O “SIM” manifesta a abertura e disponibilidade para com o outro, e a “ALEGRIA” é o sentimento que surge como consequência dessa abertura, generosidade.

Estas duas palavras estão patentes na vida de Nossa Senhora e por esta ordem. Primeiro o “SIM”, no momento em que aceita ser a Mãe do Salvador, seguida da “ALEGRIA” que manifestou no cântico do “Magnificat” quando foi ajudar a sua idosa prima Isabel, prestes a dar à luz o futuro S. João Baptista.

O primeiro e maior BEM que nos chegou através de Maria foi o seu filho Jesus, o Salvador do mundo. Com Ele, também nos chegou a Verdade. A Verdade, com maiúscula, é um enorme bem, pois podemos estar seguros de que não há engano. As suas leis são imutáveis por serem verdadeiras e não sujeitas a erro. Se as leis humanas não levarem em conta os ensinamentos de Cristo, serão causa de muita infelicidade como já se verificou nos governos nazis e comunistas.

Em Fátima, Nossa Senhora chamou a atenção para “o pecado da carne”, um pecado que começou por ameaçar a família, com o divórcio; ataca a natalidade, por vários métodos que incluem a violência do aborto; e, mais recentemente, incitam à perda de identidade com a ideologia do género.

Pecados que geram tristeza por nascerem da palavra “não”. Não querer amar apesar da doença, da tristeza ou da pobreza. Não querer servir a sociedade com mais filhos. Não querer ser como Deus nos criou. Estes modos de dizer “não” levam necessariamente à tristeza, ao rancor, à revolta.

Apesar destes males, a nossa Mãe continua a interceder para o bem, a oferecer-nos conselhos para bens, múltiplos bens. Assim será para sempre. Ao ser coroada Rainha, aumenta a glória dos Anjos e dos Santos, como proclamamos no quinto mistério quando rezamos os mistérios gloriosos do terço. Que imensidade de bens!

Decididamente, estamos de parabéns. A nossa Mãe só nasceu para bens.


Autor: Isabel Vasco Costa
DM

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31 agosto 2019