twitter

Os partidos e as pessoas

Não representa interesse coletivo e, por isso, não cumpre os requisitos legais que os seus estatutos e outros documentos internos impõe.

Um partido político não é um banco de voluntariado, que dispõe de uma listagem de voluntários disponíveis para tarefas de serviço gracioso à comunidade só quando tal é necessário, a quem se manda um e-mail ou uma SMS a solicitar os seus serviços.

Assim como não é um grupo de amigos ou de antigos colegas de curso ou qualquer coisa do género.

Um partido político é algo de muito diferente.

É uma organização que é socialmente formada para a discussão e resolução dos diversos temas que envolvem: problemas e soluções sociais; ambientais; recursos; e demais matérias do interesse para a vida e do seu equilíbrio nomeadamente na componente do modelo de organização política que os seus associados/

/militantes defendem como sendo o modelo político que melhor lhes assegura as condições de vida porque lutam.

Confrontados com este novo modelo de partido político que se perfila no quotidiano, o cidadão repensa a sua forma de se organizar politicamente e questiona: – Os partidos existem para defender os interesses das comunidades ou para defender interesses individuais ou cartelizados?

Aquilo que transcende os "muros" de algumas dessas organizações é o resultado das políticas que implementam nuns casos e a evidência da conduta na grande maioria dos casos restantes que se constata.

Tudo o mais, é retórica repetida do irreal como sendo o real.

Daí que seja corrente aparecerem movimentos de cidadãos que se dizem independentes de vínculo partidário e movimentações de militantes políticos em defesa da refundação das organizações políticas a que estão vinculados.

Obviamente de que o atual problema é bem mais profundo do que a ligeireza com que é abordado por quem mais não aspira do que organizar a sua vida e, por arrastamento, a dos que lhe seguem atrás. O resto é paisagem.

 

Autor: António Fernandes
DM

DM

15 setembro 2017