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Os filhos não se separam dos pais após o divórcio

Falar do divórcio é muitas vezes falar de perda, culpa, tristeza e separação. E quando existem filhos, tudo se torna mais evidente. Contudo, é importa ressalvar que a separação existe no casal conjugal e não no casal parental, pois este continuará a exercer a sua função de cuidar, de assegurar as necessidades básicas, de proteger e de amar incondicionalmente o seu filho. Quando os pais se separam, não deixam de ser “Pai” e “Mãe”, e os filhos não deixam de ser filhos. Pelo contrário, os papéis familiares devem ser mantidos e desempenhados com amor e criatividade. Tendencialmente, os pais tentam evitar que o término da relação conjugal afete os filhos mas isto é irrealista, infelizmente há mudanças e há ajustes a fazer. Muitas vezes a rotina muda, a habitação passa a ser outra, as dinâmicas familiares alteram mas pais e filhos mantêm-se e continuam a ser uma família. Porém, quando a separação do casal é consciente, e pautada pelo respeito e gentileza, o impacto da separação junto dos filhos é menor. Deve ser principal preocupação, de cada um dos pais, manter a “presença assídua” no dia-a-dia dos seus filhos. Deixo-lhe algumas dicas para que se faça presente mesmo estando “ausente”:
  • Seja um contacto habitual na vida do seu filho. Participe em tudo aquilo que o envolve;
  • Tente manter contacto diário, quer presencial, quer através de uma videochamada/chamada telefónica/mensagem;
  • Participe nas rotinas do seu filho;
  • Definam algumas atividades que possam fazer em conjunto, regularmente, (por exemplo: ir ao cinema uma vez por mês; andar de bicicleta uma vez por semana, …).

O mais importante é que o seu filho se sinta amado e protegido, e perceba que continua a ter um “Pai” e uma “Mãe”, assim como, uma família unida que fará de tudo para o fazer feliz. Deve continuar a acreditar que os pais, mesmo estando separados, não o irão abandonar. Podem haver mágoas e assuntos não resolvidos mas os filhos continuam a ter o direito de conviver com ambos os pais, de forma livre e feliz.


Autor: Elisabete Costa
DM

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31 dezembro 2022