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Os Boxing Day do S. C. Braga

O Boxing Day “nasce” de uma antiga tradição nos países anglófonos de, no dia a seguir ao Natal, os patrões darem uma caixa com prendas aos seus trabalhadores. Para o comum adepto de futebol, em Portugal, é dia de ver futebol inglês na TV durante toda a tarde. Se traduzido à letra, para a língua portuguesa, seria… o dia do boxe.

E por falar nessa modalidade, curiosamente, desde o passado domingo temos sentido por parte dos media, e adversários, que tudo serve para fazer do plantel profissional e adeptos do S. C. Braga, sacos de boxe, diariamente (alguns adeptos sentiram-no logo, no próprio dia, nas bancadas, por parte das forças policiais).

A propósito da forma como abordamos o jogo, todos, alguns adeptos nossos incluídos, parecem esquecer que desde o início da época desportiva jogamos habitualmente com dois pontas de lança, independentemente do local e do adversário, pelo que, não o fazer com “este” Benfica é que seria motivo de estranheza.

Pois bem, DEPOIS DO JOGO, dizem que não devíamos ter jogado assim. E eu pergunto, porquê? Ganhamos desta forma ao Sporting, em casa, e com o FC Porto, fora, só o excesso de pontaria para postes e barra impossibilitou outro resultado. Razão tem o atual treinador do Mónaco quando, muito assertivamente, disse: “No futebol és sempre julgado pelo teu último jogo”.

Não sabem do que hão de falar? Querem temas realmente importantes para discutir? Investiguem o motivo pelo qual o SLB investiu, antes da abertura do mercado de Inverno, em três pontas de lanças de créditos firmados na advocacia e interpretação das leis portuguesas; questionem a imensidão de penaltis, duvidosos, favoráveis ao SCP; perguntem porque não são assinalados contra o FCP, alguns dos muitos que se veem sem necessitar repetição; indaguem os motivos de, em Guimarães, os adeptos adversários só conseguirem entrar no estádio nos últimos 15 minutos da 1ª parte dos jogos.

Quando se questiona um jogo e se deixam sem resposta tantos e tão prementes assuntos, sinto que às gentes do futebol deve faltar algum juízo. Por falar em JUÍZO, estive uns dias nessa linda povoação da Beira Alta, e apesar de ter trazido “resmas” do “dito” para distribuir pelos mais necessitados, acabei por usar muito em proveito próprio, pelo que, não chegou para todos.

Assim sendo, à falta de melhor e por sentir que temos um clube e uma cidade a defender, gostaria de aconselhar ao presidente da SAD do SCB a leitura e o estudo aturado de dois ditados portugueses: “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és” e “Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele” (este último, com a devida permissão do PAN).

Acredite, tendo estes cuidados, talvez protegesse melhor o excelente núcleo do futebol profissional que tantas alegrias nos tem dado, e nestes dias não tivéssemos sido o saco de boxe do futebol nacional.

Fazendo votos de excelente entrada no novo ano, marco encontro com os adeptos de sempre, na Pedreira (ao frio, à chuva ou ao vento) no apoio à nossa equipa para o jogo com o Marítimo.


Autor: Carlos Mangas
DM

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28 dezembro 2018