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Obrigado EQUIPA(S) - Coimbra teve mais encanto…

Quando dizem que se aprende até morrer, não é mentira e, eu que o diga! Na época desportiva finda, voltei a ser formando e a preocupar-me em saber ser e estar num novo espaço - bancada de imprensa - com preocupações acrescidas e diferentes das do comum adepto para comentar jogos na Rádio Voz do Neiva. Ao longo da semana procurava notícias referentes aos intervenientes no jogo que iria comentar. No próprio dia, havia o cuidado de chegar ao estádio 45 minutos antes do início da partida para tentar perceber se relativamente aos últimos jogos, havia alterações de jogadores na equipa base, tentando saber o porquê. No decurso do jogo, surgiam outras preocupações, a saber: explicar como jogavam as equipas, aquando das substituições dizer quais as alterações possíveis e previsíveis e, em momentos de decisões discutíveis da terceira equipa, dar uma opinião fundamentada. Embora muitas vezes me dirigisse à Pedreira com casaco do SCB, havia a preocupação de o despir, metaforicamente falando - porque tirar casaco na Pedreira, nunca é aconselhável - quando comentava as incidências. Transformar um adepto em comentador, fazendo-o perceber que na bancada de imprensa a razão tem de se sobrepor, sempre, à emoção, foi tarefa hercúlea (quantas vezes pequei, com punho cerrado, festejando golos por baixo da mesa…) para os formadores da RVN. Não foi fácil aturarem as minhas dissertações sobre a qualidade diferenciada dos esquerdinos (a propósito, sem as lesões prolongadas de Moura, Yuri e David Carmo e mantendo Paulinho, onde chegaria o SCB?). Foi ato de coragem não me desligarem o micro quando nomeei um árbitro para ser premiado como homem do jogo – obrigado Bento Duarte. Preocuparem-se com a minha saúde no final do jogo da taça no dragão - tal a palidez - foi momento inesquecível. Aceitarem as minhas diatribes quando, em direto, “picava” a repórter de pista - Ariana Azevedo - por ela dizer que um atleta tinha uma “boa zona” para rematar, contrapondo com uma bolada que outro tinha levado numa má zona. Aprendizagens constantes para, chegado o dia do exame te sentires totalmente preparado e, afinal... A prova final, obviamente, não poderia ser senão na Coimbra dos estudantes com a Taça de Portugal a encerrar a época, e com relato, comentários e transmissão, ao vivo e a cores, em direto no facebook. No momento do segundo golo do SCB, o comentador não se conteve, viu soltar-se o adepto que há em si e gritou GOLO em plenos pulmões quase se sobrepondo ao relator de serviço - Daniel Lourenço - que os relata melhor que ninguém. Chumbou, é verdade, mas aproveitou para, interiormente, cantar: Coimbra tem mais encanto com comentador de vermelho e branco. Por isso, um agradecimento final às equipas que o permitiram e ao SCB pelo final de época de excelência permitindo-me festejar mais um troféu.
Autor: Carlos Mangas
DM

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28 maio 2021