O “SOU” já conheceu dias melhores, mais eficaz e dotado de uma organização ministrada por recursos humanos experientes na sua vivência profissional, sendo elevado o índice de satisfação dos utentes em torno da prestação de serviços.
Não se pretende de modo algum colocar em causa o inquestionável e certificado mérito da excelência da prática clínica do hospital bracarense. Contudo, no que concerne aos serviços de apoio, estamos muito longe do desejável.
Vejamos a dureza que incide nos utentes pela nulidade dos resultados: Telefonar para o Hospital de Braga é quase proibido ou sorte no feedback. Insiste-se, espera-se, desespera-se e, na maioria das vezes, desiste-se... Esta inexplicável situação já tem uma longevidade de impaciência.
Um quisto volumoso são as filas de espera na consulta externa para ser “efectivada” junto dos postos de recepção administrativa. É rude, deprimente, desumano, obsoleto e tecnicamente ultrapassável. Uma boa parte dos hospitais públicos já disponibiliza aos utentes equipamento logístico sem necessidade presencial nos locais de atendimento ao público, ficando apenas a aguardar pela chamada médica.
Obter uma informação no Serviço de Urgência é uma autêntica dor de cabeça, devido ao “pingue-pongue” insensato ou imprudente dos seus intervenientes. Há situações de desalento com as respostas transmitidas pelo outro lado da linha, que irremediavelmente, forçam as pessoas a percorrer dezenas de quilómetros para se descolarem à emergência médica na busca informativa.
Contactar uma assistente de internamento, é pior que marcar uma audiência no Palácio de Belém.
No tocante à realização de exames auxiliares de diagnóstico ou colheita sanguínea, um eterno problema, é uma barafunda e caricato de terceiro mundo burocrático e inoperacional. Salve-se quem puder, safam-se os “chico-espertos” e sofre quem se preza em cumprir as normas cívicas por ausência de procedimentos de organização.
Alguém me dizia que o “Serviço de Orientação de Utentes” do Hospital da cidade dos arcebispos está a precisar de uma rosa para desbrochar frescura em tempos de mudança, direccionando exclusivamente um conjunto de mecanismos que visem um estudo sério e incremental na boa saúde de acolhimento e conforto dos cidadãos que recorram ou não ao seu Hospital.
São muitos os relatos de histórias depreciativas e nada abonatórias em torno dos serviços de apoio, com responsabilidade capital na contribuição do prestígio e da boa imagem que o Hospital de Braga sempre se vangloriou e passíveis de estragos pela nulidade da correcção assimétrica de atitudes saudáveis e imperativas à melhoria da saúde nas relações entre os utentes e a Instituição de prestação de serviços de saúde pública.
Acredita-se que um dia vamos ter boas notícias com este reparo de cidadania, com a supressão destas arestas desagradáveis e determinantes e decisivas alocadas ao bem-estar do atendimento qualitativo dos cidadãos no sector público.
Autor: Albino Gonçalves