O presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. Ele educa-nos para contemplar Jesus: meditar e acreditar no amor de Deus por cada um de nós. Nesta fé firme está precisamente a nossa felicidade aqui na Terra – antecipação da felicidade sem fim na Jerusalém celestial.
São ideias da Carta Apostólica “Sinal Admirável” que o Papa Francisco acabou de nos escrever no passado dia 1 de Dezembro.
Nela anima-nos a voltar a meditar que o presépio – seja ele uma representação simples ou uma verdadeira obra de arte – é um modo admirável e de comprovada eficácia que nos ajuda a saborear o mistério do Natal.
É como um “Evangelho vivo”: ao mesmo tempo que nos mete na cena da Noite de Natal, convida-nos também a colocarmo-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade de um Deus que se faz Homem e vem para nos salvar.
O presépio propõe com simplicidade a beleza da nossa fé. Antes de mais nada, porque manifesta a ternura de Deus pelas suas criaturas que somos cada um de nós. Ele, que é o Criador de todo o Universo, abaixa-se até à nossa pequenez.
No presépio percebemos que a vida humana possui um sentido maravilhoso: divino e humano ao mesmo tempo. O dom da vida fascina-nos ainda mais quando contemplamos que Aquele que nasceu em Belém – nessa gruta tão pobre – é a fonte e o sustento de toda a vida que existe no Universo.
Que neste Natal não deixemos de ir a Belém através da contemplação do presépio. Que esta quadra natalícia não nos encontre tão ocupados com o acessório que nos esqueçamos do essencial: acolher a salvação que Deus nos oferece em Jesus, que veio à Terra para nos indicar o caminho do Céu.
Autor: Pe. Rodrigo Lynce de Faria