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O respeito pela dignidade humana ainda é um valor nobre?

O ser humano, por natureza, aspira a executar qualquer atividade ou a desempenhar uma profissão. Tudo no seu ser está destinado para a ação. Nós existimos para agir e deixar obra feita. Por isso, esta caraterística deve ser orientada numa via consentânea com a dignidade humana.

A onticidade do homem assim o exige. Ela deve ser a grande preocupação de qualquer pessoa, sem esquecer os responsáveis pelos destinos das comunidades. Todas as decisões que não estejam incluídas na área do respeito pelo próprio homem não poderão considerar-se como humanas. Assim, os governantes que exercem as suas funções com o objetivo de servir os seus súbditos são verdadeiramente pessoas dignas e responsáveis.

Aqueles que não têm estes objetivos e passam a vida a injuriar os adversários, a inventar intentonas para fortalecer os seus poderes pessoais, revelando instintos ditatoriais pertencem à classe da denominada “gentalha”. Arregimentam grupos de arruaceiros que hipnotizam para que estejam totalmente ao seu serviço. São indignos das funções que desempenham.

Vivem faustosamente nos seus aposentos, passando ao lado do povo. São incompetentes e hipócritas. Pensar é fácil, mas pôr corretamente os pensamentos em ação é das coisas mais custosas da vida. Há pessoas que têm boas intenções e excelentes pensamentos, mas poucas os põem devidamente em ação, quer por indolência, quer por inabilidade, quer por desinteresse ou por maldade.

Pessoas deste jaez não atuam de acordo com a racionalidade de que a natureza os dotou. Desconhecem que a ação engloba todo um processo complexo para fazer coisas, mas o método pode estar errado. O fim em vista pode ser excelente, mas o método péssimo. É importantíssimo seguir um método certo e seguro. Tudo deve ser bem planeado para que as coisas se resolvam melhor, mais rápida e equitativamente.

Assim, as nossas atividades diárias ir-se-ão aperfeiçoando cada vez mais, tornando-se mais eficientes e justas. Quanto terá ainda de aprender a maioria dos políticos para, pelo menos, mitigar o seu amadorismo?

O máximo da sabedoria consiste em conhecer adequadamente o que se deve fazer, enquanto o máximo da coragem está na força para fazer o que tem de ser feito a fim de a pessoa se tornar num excelente profissional.

Quando alguém pretende fazer algo importante e tem suficiente força de vontade, deve começar pelos alicerces da obra, executando as tarefas preliminares que lhe irão dar a perfeição técnica e segurança necessárias para se poder chegar a bom termo. À medida que se vai aproximando do fim de cada etapa, a pessoa vai-se sentindo mais confiante e mais segura.

Uma das coisas mais certa na vida é o facto de, mais cedo ou mais tarde, sermos julgados por aquilo que na realidade fizermos. Mesmo em caso de emergência, cada pessoa, para ter sucesso, deve, além da competência, manter o bom senso e agir com clareza e lógica.

Na verdade, qualquer pessoa deve cultivar a habilidade e o hábito de não se exaltar, conservando a faculdade de poder entrar rapidamente em ação, tomar a decisão mais acertada e depois atuar.


Autor: Artur Gonçalves Fernandes
DM

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9 agosto 2018