Ciclicamente, o planeta é vitimado catastroficamente por pandemias letais para a humanidade, deixando um rasto de marcas terríveis nas pessoas, nas economias e em todas as infra-estruturas a nível mundial.
Nesta matéria, o último século deu exemplos negros de acontecimentos traumáticos e inesquecíveis aos sobreviventes a um estado de calamidade de saúde pública.
Vejamos a “Gripe Espanhola” em 1918 (H1N1), que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), provocou a morte a 40 milhões de pessoas, pandemia impensável que se estendeu a regiões tão distantes como a China, a Austrália, o Alasca, o norte da Noruega, a África do Sul, entre outros continentes.
Outro surto pandémico foi a “Gripe Asiática”, oriunda do sudoeste da China (H2N2), mortífera a um milhão de pessoas e contagiada a cerca de 50% da população, isto é, metade da densidade demográfica deste país foi contaminada.
Mas esta calamidade sanitária surge quando menos esperamos. E parece que a ciência da investigação clínica laboratorial não consegue tempo de resposta adequado ao momento ou, numa última instância da suspeita conspirativa, refiram-se ensaios bioquímicos nucleares, como deixou parecer, surrealmente, o surto da “Gripe de Hong Kong” 1968-1969 (H3N2), apelidada da “Gripe das Aves”, que provocou uma tragédia mortal em cerca de um milhão de pessoas em duas semanas.
O último caso registado neste estado da desgraça pública em 2003, foi o Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS), circunscrito à região asiática, diagnosticados que foram oito mil casos, dos quais resultaram oitocentos mortos.
O ano de 2020 fica também para a história desta doença infecciosa no seio da humanidade, denominada por “Coronavírus” e adoptada nova designação pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por “Covid-19”, que alastra perigosamente por todo o mundo.
O deste agente infeccioso começou na cidade chinesa Wuhan, inevitavelmente e desvalorizado em fase inicial, espalhou-se a outras regiões do mundo, transmitindo a doença a cerca de 210 mil pessoas, numa tragédia de perda de vida humana calculada já, e à data em que escrevo, em 8.911 infectados.
A contenção da propagação da doença é uma das medidas que levam os governos a decretarem estados de alerta, de calamidade ou de emergência, persistindo a ideia à população pelo respeito do cumprimento das normas emanadas pelas autoridades de Saúde Pública, sem alarme social e dentro dos parâmetros sem excessivo tumulto de pânico, sinais de fobia propensos ao sobressalto, inquietação ou depressíveis.
O fim desta “guerra invisível” está dependente dos hábitos e respeito normativo de cada um de nós e das armas profilácticas que utilizamos para combater o inimigo espalhado pelo mundo afora.
Com a perseverança da ciência da investigação clínica e da tecnologia bioquímica, no acatamento das recomendações das Autoridades Institucionais, na colaboração dos nossos hábitos preventivos sujeitos aos nossos interesses individuais ou colectivos, o conflito pandémico instalado facilmente será debelado, rapidamente ultrapassado e em breve regressará a normalidade da nossa vida em paz, com a felicidade saudável da sociabilidade integrante e primada nas relações humanas.
Autor: Albino Gonçalves
O mundo a seus pés!
DM
23 março 2020