O Presidente Marcelo foi inquirido sobre esse tema e afirmou que milagre só o de Fátima para os crentes, como é o seu caso.
Admiro a sinceridade e frontalidade deste Homem, que não tem respeitos humanos de confessar a sua fé, ao contrário de muitos outros que se dizem agnósticos, laicos ou ateus, embora batizados e pertencentes a famílias católicas.
Em relação às aparições de Fátima, Portugal celebra este ano o 1.º centenário das mesmas, pois ocorreram em 1917, de maio a outubro. O Santo Padre Francisco virá a Fátima em 13 de maio para presidir à celebração. Prevê-se um acontecimento de projeção internacional, com enorme concentração de fiéis.
As aparições foram um verdadeiro milagre, pois incluíram a presença real da Virgem Maria junto de três Pastorinhos, presença autenticada por factos e sinais indesmentíveis.
As crianças videntes foram preparadas celestialmente pelo Anjo da Guarda de Portugal, em três aparições no ano de 1916, ocorridas na primavera, verão e outono. O Anjo ensinou-lhes orações, e pediu-lhes as rezassem e fizessem penitência pela conversão dos pecadores e pela paz no mundo. Na 3.ª aparição ministrou-lhes a comunhão através da sagrada hóstia (Lúcia) e do conteúdo do cálice (Francisco e Jacinta).
Entre as aparições do Anjo e as de Nossa Senhora houve sentimentos e atitudes diferentes dos videntes. As do Anjo incidiram em profundidade nas almas das crianças, deixando-as absortas nas visões, sem vontade alguma para falar e comunicar fosse com quem fosse. Como o Francisco não teve acesso à audição, perguntou quer à Lúcia quer à Jacinta o que tinha dito. Tanto uma como outra não lhe fizeram a vontade. Só mais tarde.
Em relação às aparições da Senhora, os sentimentos foram de expansão. Sobretudo por parte de pequena Jacinta, que tinha exclamações de enorme alegria. As aparições destinavam-se ao público e foram-no de facto.
Os responsáveis pela Igreja Católica em Portugal afirmaram que não foi a Igreja que impôs Fátima, mas foi Fátima que se impôs à Igreja.
A história das aparições está ligada a muito sofrimento por parte dessas crianças videntes.
Elas estavam prevenidas pela Senhora na primeira aparição: “Ides ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto”. Todo o calvário por que passaram os videntes nesse ano e nos seguintes é uma das mais claras provas de autenticidade das aparições.
Sofreram o embate do Pároco e das famílias. A mãe de Lúcia obrigou a filha a ir com ela ao Pároco para lhe dizer que mentiu. Lúcia foi fiel à verdade. Um dos motivos da oposição familiar era a invasão do terreno das aparições que lhe pertencia e do qual não iria tirar proveito no futuro.
Igualmente as autoridades civis, de cor maçónica e ateia, se preocuparam com os factos ocorridos na Cova de Iria e resolveram agir para eliminar à nascença essa planta que prometia crescer e desenvolver-se. Em 13 de agosto, quando as crianças seguiam para o local das aparições, tomaram-nas e meteram-nas no carro que as levou para a cadeia de Leiria. Foi incrível!
Depois foram os inquéritos constantes de membros da igreja para apurar o que realmente acontecera.
Hoje, o milagre de Fátima é outro. É um mundo crente na revelação mariana e que ajoelha junto da azinheira onde poisaram os pés da Santa Mãe de Deus.
Cem anos de existência das aparições são um enorme historial de acontecimentos ricos de beleza espiritual, vivência da fé cristã, graças celestes, conversões e verdadeiros milagres.
Autor: Manuel Fonseca