twitter

O futebol no seu pior… novamente

  1. Toda a polémica que surgiu, após a vitoria do nosso SC Braga sobre o Benfica, na passada quinta-feira, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal, é sintomático do desnorte e da ausência de seriedade da classe dirigente dos principais clubes em Portugal. É recorrente o recurso a todos os meios para tentar justificar o injustificável. Ou é o árbitro, ou é o VAR, ou é a bola que não estava completamente redonda, ou é a relva que não estava completamente verde… enfim, como diz o ditado, “desculpas de mau pagador”.
Seria tão bem mais simples dar os parabéns à equipa vencedora, no final do jogo, pois uma certeza nós temos, e que foi sabiamente referida pelo treinador do SC Braga, a de que “podem fazer o ruído que quiserem, ninguém vai tirar o mérito à nossa vitória”. O SC Braga foi muito mais competente que o adversário e ganhou muito bem. 2. O caso “Paulinho”, do Sporting, mais uma vez vem demonstrar a inoperância e a incompetência de quem tem o poder para pôr o futebol na ordem. Com efeito, em matéria de justiça desportiva, é surreal o que se passa no nosso país, dando origem ao habitual desenrascanço nacional que põe em causa a verdade desportiva. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplica o castigo, é apresentado recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), e, como este não consegue avaliar o recurso em tempo útil, é interposta uma providência cautelar para o Tribunal Central e Administrativo, que, ao simplesmente aceitar a providência, suspende o castigo e o jogador pode ser convocado para o próximo jogo. Mas o mais curioso é que quem vai decidir posteriormente se o castigo se mantém é o Tribunal Arbitral. Como já foi referido em artigo de opinião, esta matéria tem que ser urgentemente alvo de uma reforma radical. 3. De acordo com o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, a igualdade de género é uma das prioridades da Federação. Sobre esta matéria, o meu pensamento e a minha convicção é a de que as mulheres não necessitam que as Instituições imponham esses desígnios, pois o seu valor, as suas competências e a sua resiliência são inatas. De referir que na minha longa carreira profissional, que incluiu a liderança de várias equipas, a pessoa que mais me impressionou a nível profissional foi precisamente uma mulher. Enfim, não faz mais sentido este tipo de conceitos, que são demonstrativos de quem não tem capacidade para evoluir.
Autor: João Gomes
DM

DM

16 fevereiro 2023