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Novo ano laboral: sentido de humor no recomeço

Um deles dizia: “A minha avó começou a andar cinco quilómetros por dia quando fez sessenta  anos. Agora já vai nos noventa e sete, mas não sei onde ela está”.

Quem deu conta desta ignorância tão complexa, confessou: “Inscrevi-me  num ginásio no ano passado. Não perdi nem um quilo. Só depois é que me explicaram que era preciso ir lá”.

Com a observação seguinte, compreende-se que ignore o paradeiro da avó e desconheça o que significa a inscrição num  ginásio: “Eu tenho que me exercitar logo de manhã, mas antes que o meu cérebro entenda o que estou a fazer”.

Não será o comentário seguinte uma espécie de “banho-de-água-fria”  relativamente a todo o exercício físico? “A vantagem de nos exercitarmos diariamente é que assim teremos uma morte mais agradável”. 

A cautela e a prudência estão bem patentes nestas observações: “Gosto de longos passeios, especialmente quando são dados por outros”. Ou ainda: “Se vai percorrer um país a pé, escolha um país pequeno”.

E nestas não é possível descobrir, mais uma vez,  a ausência do suor que não correu no ginásio?  “Podia ir a correr dizer isto aos amigos, mas ... é mais cómoda enviar por mail”. “Tenho ancas flácidas, mas felizmente o meu estômago esconde-as”,

Numa outra ocasião, esse bom amigo mandou-me uma anedota passada no Alentejo. Não sei se era propriamente de alentejanos, que eu admiro pelo seu bom feitio e por se saberem rir de si mesmos, o que não acontece com todos os portugueses, quando ouvem contar uma historieta jocosa  passada na sua zona de origem e com seus conterrâneos. Aqui a deixo.

Um homem, todas as quintas feiras,  pouco antes do jantar, costumava ir ao café da sua aldeia e pedir três cervejas duma determinada marca, sempre à mesma hora. Ao fim de algumas vezes, o dono do estabelecimento perguntou-lhe delicadamente a razão daquele cerimonial. Explicou-lhe que tinha dois irmãos, um emigrado na Alemanha e outro na França, Combinaram entre si beber cada um  três  cervejas nesse dia da semana e à hora marcada. Assim lembravam-se uns dos outros e do seu laço familiar.

O dono apreciou e elogiou a iniciativa dos irmãos e assim continuou a comparência do seu cliente (que não emigrara) em inumeráveis quintas-feiras. 

Dada a pontualidade “britânica” desse evento, preparava-lhe com cuidado as três cervejas, que aguardavam no frigorífico a sua chegada. O homem entrou,  cumprimentou o dono, que lhe disse: “Vou buscar as três cervejinhas bem frescas, como gosta”.

O cliente, porém, respondeu: “Só duas!” Fez-se um silêncio sepulcral... Surpreendido, o dono lá trouxe as duas garrafas, que o cliente bebeu normalmente.O dono sentia-se inquieto com a diminuição das bebidas e pensou que teria acontecido alguma desgraça familiar. Por exemplo, a morte de um dos irmãos. E atreveu-se a perguntar: “Teve certamente uma má notícia sobre algum dos seus irmãos para só pedir duas cervejas...?”  O cliente, sem se perturbar, esclareceu com boa pronúncia local. “Nada disso. Fui eu que deixei de “bebêri”..”

Enfrentemos o novo ano laboral com optimismo e bom humor. A todos, bom trabalho e muitos êxitos neste período de tempo que agora começa e ainda nos apanha sob a protecção de Maria Santíssima, no Centenário das Aparições de Fátima.


Autor: Pe. Rui Rosas da Silva
DM

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3 setembro 2017