Eleições internas no PPD-PSD? Como militante, apoio PAULO MOTA PINTO, o qual preside à Comissão de Honra de RUI RIO, logo apoio publicamente RUI RIO para líder do PPD-PSD. Não se trata contudo dum cheque em branco, como nunca o faço.
Reconheço o seu trabalho na Cidade do Porto, o qual poderia ter sido ainda melhor como tive ensejo de dizer na altura. Nada de pessoal contra o ex-1º Ministro SANTANA LOPES que poderia inclusive ser Presidente do PSD, enquanto RIO seria o inevitável candidato a 1º Ministro. Atentamente o faço, em nome do Estado de Direito Democrático Social, Livre e Verdadeiro e da Liberdade de Expressão. Há m/anos que sou militante do PSD por Paranhos na Cidade do Porto.
A única, a qual o PSD, liderado pelo meu amigo dentista, Alberto Machado, reganhou as eleições. 44.000 habitantes! Mas vamos ser francos, o PSD está de rastos como partido nacional. Não podemos esquecer que nas últimas eleições autárquicas obteve o pior resultado de sempre. Uma profunda vergonha nacional. Há contudo grandes exemplos de vitórias do PSD em Portugal nas últimas autárquicas.
É esse o caso nomeadamente de Aveiro, Ovar, Espinho, Amares, Celorico de Basto, Esposende, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Verde, Vizela, mas sobretudo, Famalicão e Braga. Uma performance incomum. Naquela que é considerada a terceira Câmara do país – Braga -, a vitória absoluta foi do PSD. São estes últimos exemplos, que, sem prejuízo dos outros casos, devem ser aproveitados e seguidos a nível nacional pelo PSD.
Não se pode dizer a estes protagonistas: “apoiem quem quiserem”. Se não se ouvir Braga ou Famalicão, a nível nacional – ou, por outro lado, Aveiro, Espinho, Estarreja, Santa Maria da Feira, Ílhavo, Murtosa, Ovar, Vagos, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Vimioso, Fundão, Oleiros, Sertã, Vila de Rei, Arganil, Cantanhede, Mira, Pampilhosa da Serra, Penela, Albufeira, Castro Marim, Faro, Monchique, Vila Real de Santo António, Almeida, Celorico da Beira, Gouveia, Guarda, Pinhel, Sabugal, Vila Nova de Foz Côa, Alcobaça, Alvaiázere, Batalha, Caldas da Rainha, Castanheira de Pêra, Óbidos, Pombal, Porto de Mós, Cadaval, Cascais, Mafra, Arronches, Castelo de Vide, Fronteira, Marvão, Amarante, Maia, Penafiel, Póvoa de Varzim, Trofa, Ferreira do Zêzere, Mação, Rio Maior, Santarém, Sardoal, Ourém, Arcos de Valdevez, Monção, Ponte da Barca, Valença, Alijó, Boticas, Murça, Peso da Régua, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Armamar, Castro Daire, Mortágua, Penedono, Sátão, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Tondela, Viseu, Vouzela, Calheta, Câmara de Lobos, Porto Santo, Vila do Porto, Nordeste, Ponta Delgada, Ribeira Grande, Madalena… Se não se ouvir, repetimos, Braga e Famalicão, a nível nacional, o PSD não vai voltar a ser nunca mais aquilo que já foi.
E esse PSD nacional somente pode ser o PSD do Estado de Direito Social Democrático. V.g. Rio deve conversar com os sindicatos, nomeadamente o Sindicato Nacional do Ensino Superior, de modo a recolocar os professores e investigadores de topo numa carreira que deve ser digna também do ponto de vista remuneratório.
Os aumentos na função pública não podem ser apenas para alguns. Todos os docentes e investigadores do ensino superior – doutorados, mestres, especialistas (falo apenas daqueles que para nós, no país, têm credibilidade científica de usar esses títulos, pois aquilo que se está a passar a nível nacional desprestigia o ensino superior português) –, todos, repetimos, somente têm a agradecer o trabalho dos sindicatos, quer do SNESup, quer do SPN FENPROF. É ofensivo, e revoltante, dizer a um dirigente sindical que “está a prejudicar a instituição X”.
Não fossem os sindicatos, e a maioria esmagadora dos colegas estaria numa situação miserável. Quando ofendem um dirigente sindical, ofendem todos. Tenham mais respeito.
De resto, com Costa ou Rio, etc., os Sindicatos do ensino superior, não vão mudar as suas obrigações constitucionais de tornar Portugal um país mais científico e justo.
Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira
