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Modalidades no SCB: Parente rico… parente pobre…

Isto porque, já o senti na pele há uns anos e uma familiar próxima que teve responsabilidades na secção de Desporto Adaptado, voltou a senti-lo mais recentemente, é constrangedor andar a bater a muitas portas para resolver assuntos, cuja responsabilidade era exclusivamente do clube. 

APP, ex-atleta de modalidades, prometeu-me que o orçamento das modalidades teria um cunho de opção dos associados, ao possibilitar-lhes escolherem a modalidade a beneficiar de parte da sua cotização. Com esta ideia, vamos perceber quais as modalidades mais acarinhadas e depois, a acrescer aos euros da cotização, orçamentar as modalidades de acordo também, com as preferências da massa associativa. E eu, que nestas coisas de dirigismo (treino desportivo e) associativo tenho alguma experiência, fiquei feliz com a sugestão, concordei com ela, e acedi ao convite.

No entanto, tendo ouvido o atual presidente assumir em entrevistas (RUM e Bola TV) que o dinheiro das cotas vai integralmente para as modalidades, fiquei perplexo ao perceber que contrariamente ao que ouvimos de pais, treinadores e atletas, elas são afinal, o “parente rico” do clube.

Também sabemos que devido a parcerias com a UM e Câmara Municipal, o clube despende pouco em alugueres de pavilhões, tem patrocínios que pagam integralmente algumas das modalidades (futebol de praia, dito pelo presidente), recebe subsídios camarários para inscrições federativas e apoio específico ao desporto adaptado (Boccia).

Questionamo-nos pois, onde será gasto o valor, bem superior a um milhão de euros de cotas que entra anualmente nos cofres do clube. Em transportes de atletas de formação (extra futebol) não é, pois os pais confirmaram que são eles que os transportam sempre para treinos e jogos, em casa e fora; em meias para atletas da formação de algumas modalidades, também não, pois recentemente em jogos de fase zonal, vi atletas equipados com meias de diferentes cores; em fisioterapeutas para acompanhar determinadas equipas da formação (extra futebol) também não, pois um atleta lesionou-se com alguma gravidade e foi observado (e saiu amparado) pelo treinador. 

O nosso conceito de investimento em modalidades, e na formação, é diferente e, com menos, acreditamos poder fazer mais dando condições mínimas de dignidade em transportes, equipamentos e apoio médico aos atletas de formação de todas elas, não havendo como atualmente, parentes ricos e… parentes pobres. 

Todos os jovens, independentemente das modalidades que escolham, merecem um tratamento e condições de evolução desportiva, condignas. Por isso, sugiro que votem B(em).


Autor: Carlos Mangas
DM

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26 maio 2017