Nada contra António Costa como aliás o próprio conhece. As nossas publicações pretéritas provam. O mesmo não é verdade em relação à incompetência de muitos dos seus camaradas e ex de partido incluindo p.e. os que dirigiram os destinos de Braga em mais de 30 anos: pior era impossível. O que espanta é nunca ter sido investigado a sério.
Veja-se Isaltino mais perto de Lisboa. Pensamos também que uma maioria absoluta para o Partido Socialista nas próximas eleições legislativas poderá constituir uma nova catástrofe nas contas públicas e no acentuar do abaixamento do poder de compra dos portugueses nos últimos anos. Para não falar nos riscos em termos de direitos dos trabalhadores.
Pergunta simples: se Centeno é assim “tão bom”, com seu sorriso permanente, porque já está anunciado que se vai embora? Mais um que é tão amigo de Portugal e não fica cá a ajudar? Até agora, no que diz respeito às profissões públicas, apenas os Magistrados e MP foram alvo de justos aumentos salariais. Agora, faltam “só” todos os outros… O impasse é óbvio: o princípio constitucional da igualdade a isso obriga, bem como o aumento do miserável salário mínimo.
O problema é que a forma como o Orçamento Público tem vindo a ser estruturado, sobretudo após o 25 de Abril, é incompatível com o cumprimento do programa democrático de direito social da Constituição. Na prática nenhum dos partidos com assento parlamentar colocou em causa os €25 mil milhões canalizados para Bancos que, em muitos dos casos, sofreram problemas de corrupção, gestão danosa e infidelidade patrimonial, entre outras pérolas da modernidade.
Some-se agora os milhares de milhões não taxados dos apagões informáticos das próprias Finanças ou as rendas de ajudas públicas para a lucrativa electricidade nas mãos dos “comunistas” chineses. E os contratos swap de permuta financeira que endividam em milhões os contribuintes portugueses? E que é feito dos vários processos que dão conta do desvio fraudulento de milhões e milhões de € em fundos europeus?
Porque tantos ex-secretários de Estado e ex-ministros são agora administradores de grandes empresas na área das energias fósseis ou não e da construção civil? Porque é que as informações preciosas p.e. dum Rui Pinto sobre corrupção profunda praticada em Portugal em vários níveis incluindo o desportivo não são aproveitadas pelo Ministério Público para iniciar processos, e já vai tarde? Como podem juízes acusados de corrupção continuar a exercer? Como é possível colocar em causa a segurança da NATO em termos de desvio de armas em Tancos e eventuais atentados terroristas sem culpados?
Porquê persistir em métodos errados para “ressocializar” violadores sexuais incluindo pedófilos sem uma fiscalização nacional? Porque continuam milhões de eucaliptos colados às estradas de Portugal? Serão também animais vegetais com direitos? E o novo aeroporto porque tem que ser a Sul de Lisboa e não a Norte? Porque é que persistem compatibilidades profissionais pouco transparentes nos deputados? Porque é que a natalidade não é prioridade?
No meio disto tudo, e muito mais, os Rios, como Rui – apesar da sua lista de deputados ser em alguns casos constituída pelos piores quadros do PSD e de duvidosa neutralidade empresarial, porque a própria lei o permite… –, surgem como uma hipótese clara de voto contra uma suicidária maioria absoluta.
Aliás, se Rui permanecer, acabará, mais tarde ou mais cedo, por se tornar 1º Ministro. O problema é que já há muitos desejosos de o eliminar, pelo que, desse modo, o PSD irá permanecer muito mais tempo afastado do poder central.
E se os FCPortistas ou alguns Artistas do Porto têm razões de queixa contra Rui, não é menos verdade que lhe devemos o facto do Porto ter provavelmente o melhor Parque da Cidade verde nacional que corre para o ar e mar, além duma revitalização da Cidade que faz inveja a muitas outras regiões do mundo. Imaginem se deixarem destruir as 7 Fontes, verdadeiro património mundial?
Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira