Esta agência, previamente designada de “EMEA” e depois “EMA” é um dos organismos da União Europeia, fora do seu espaço central e criado em 1995, localizando-se a sua sede no Reino Unido.
Tem uma função crucial no âmbito da informação monitorizada, concentrada na vigilância embrionária da biotecnologia ou outros derivados de 3.ª geração, usada para fins humanos e veterinários, confrontando cientificamente todas as indicações, nefastas ou através dos potenciais efeitos indesejáveis ou adversos, que interagem através do consumo pelas pessoas, ou pelos animais, visando a inabalável segurança e garantia do medicamento junto do seu público-alvo.
Em Portugal, a “INFARMED” é a entidade reguladora responsável pela supervisão/protecção da Saúde Pública em território nacional.
A recente medida do Governo invoca suspeição de discriminação, e de acordo com o presidente da Câmara Municipal bracarense, é tendenciosamente “eleitoralista”, sabendo-se que Braga tem todas as condições para assumir as suas responsabilidades na recepção desta Agência internacional que será, simultaneamente, uma mais-valia patrimonial para toda a região minhota.
Contraditório, surreal e até bipolar nas convicções, o actual Governo propagandeia o contexto da descentralização urgente, penalizando severamente candidatos por excelência fora de Lisboa ou do Porto, no acolhimento da Agência Europeia do Medicamento (EMA).
Os desmedidos esforços da autarquia de Braga, num projecto honesto e competente, foram “crucificados” por uma decisão governamental desconformada, desrespeitosa e peculiar na escolha de qual seria a melhor zona geográfica de satisfação e fora do perímetro das grandes cidades já dotadas de outros organismos, mas continuamente a serem privilegiadas por “tráfico de influência” da cor partidária, nesta legislatura do domínio socialista.
A cidade de Braga, em termos institucionais, mais uma vez foi prejudicada literalmente pela ausência do desagrado da concelhia do Partido Socialista desta localidade, pressupondo-se que a sua não reacção negativa à decisão do líder nacional seja um forte sinal de concordância partidária em detrimento do concelho e distrito bracarense, acrescido de toda a região do Minho. Somos “guerreiros” e não desistimos facilmente!
O primeiro-ministro ficou muito mal na fotografia na incrementação de estratégias implementadoras da descentralização regional tal como prometeu na sua campanha eleitoral, na distribuição de competências centrais pelas autarquias em modelo justo de igualdade, transparência e acabando de vez com a ideia enraizada na comunidade dos portugueses, de que Portugal não é só Lisboa e Porto.
Parece que esta prescrição medicamentosa de atribuir a candidatura da Agência Europeia do Medicamente somente a estas duas cidades tem efeitos adversos e não traz benefícios para uma saúde regional desenvolvida, robusta e dignamente bem tratada, para debelar a maleita decisórias da governação central.
Autor: Albino Gonçalves